São Paulo recebeu esta semana uma comitiva de empresários do Greater Miami Convention & Visitors Bureau (GMCVB) liderada pelo diretor de vendas Joe Docal. Segundo dados do órgão, só Miami recebeu 462 mil visitantes em 2018, que se somam aos 23,3 milhões de visitantes do destino. Este alto volume de turistas gerou impacto econômico positivo de $18 bilhões para a cidade, impulsionado principalmente por visitantes internacionais, que representaram 35% do total de visitantes e que contribuíram com cerca de 54% deste valor. O DIÁRIO entrevistou Joe Docal, acompanhe:
Entrevista concedida ao repórter Jesús Galvez – com REDAÇÃO DO DT
DIÁRIO – Em agosto do ano passado o GMCVB (Greater Miami Convention & Visitors Bureau) afirmou que os Estados Unidos se destacava como um dos destinos mais visitados pelos brasileiros, mas que registrara queda significativa de 60 mil turistas nos últimos três anos. A que se atribui essa queda do mercado brasileiro?
JOE DOCAL – Entre os anos de 2016 e 2017 a Colômbia e Argentina eram os principais emissores de turismo para os EEUU, especialmente para a região da grande Miami e o Brasil estava no terceiro lugar. A partir de 2018 e 2019 pouco a pouco o Brasil foi retomando o primeiro lugar no mercado deste destino em termos de viagens e diárias em hotéis, principalmente em Miami Beach e a Cidade de Miami. Recebemos em 2018 cerca de 462 mil visitantes brasileiros.
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DIÁRIO – Quais são as estratégias do GMCVB para atrair mais brasileiros?
JOE DOCAL – Depois duma certa recuperação da economia brasileira, uma das estratégias do presente e futuro de ambas as partes são: motivar o turista a explorar mais a região da grande Miami que tem 34 cidades próximas, então desta forma o turista não somente tem a praia como atrativo ou um tour de compras ou parques temáticos – em Miami também tem crescido muito as atividades com cultura de modo em geral, visita a museus e galerias de arte, gastronomia, música, sem contar a migração afro-latina, o que tem gerado um enriquecimento adicional à própria colonização inicial (formada por brancos, descendentes de espanhóis, ingleses e franceses e os negros do período da escravatura). A presença histórica também se observa da época de domínio espanhol. Por isto, a política do turismo na região tem esta nova proposta. Além disso, alguns brasileiros têm descoberto magnificas áreas de pesca esportiva e mergulho especialmente durante o verão.
Outras estratégias são incluir atividades esportivas e que o brasileiro gosta como; o futebol, o rugby, o basquete por meio de jogos da NBA, basebol, etc, dentre os passeios opcionais.
Em Miami também tem crescido muito as atividades com cultura de modo em geral, visita a museus e galerias de arte, gastronomia, música, sem contar a migração afro-latina, o que tem gerado um enriquecimento adicional
Além desses atrativos, existe neste projeto do CVB uma representação permanente aqui para orientar e assessorar os operadores e agentes de viagens a conhecer melhor o destino a fim de que o passageiro aproveite adequadamente seu tempo durante a viagem e retorne mais vezes e, estatisticamente, poder aumentar o volume de turistas.
Para um trabalho mais eficiente o CVB trabalha duma forma integrada com os meios de transporte que participam no traslado dos passageiros até o destino e em terra (aluguel de autos e micro-ônibus).
DIÁRIO -Em termos numéricos como está a chegada de brasileiros ao destino atualmente?
JOE DOCAL – Neste momento o Brasil representa o primeiro emissor para Miami da América Latina; só não está à frente de Canadá e Inglaterra em termos de número de turistas e diárias de hotel. Em 2018 o Brasil foi o principal emissor internacional, com cerca de 462 mil visitantes, de um total de 23,3 milhões de visitantes. Na sequência vieram Colômbia (422 mil), Argentina (364 mil), Canadá (357 mil) e Reino Unido (353 mil), fechando o Top 5.