O comitê organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio decidiu vetar a presença de torcedores estrangeiros no evento por causa de preocupações com a covid-19, segundo disseram fontes ao Nikkei nesta terça-feira (9).
Nikkei Asia – Toquio
O governo do Japão esperava receber 1 milhão de torcedores estrangeiros para ajudar empresas locais que dependem do turismo. No entanto, como o vírus continua a se disseminar em todo o mundo, o comitê organizador optou por garantir a segurança do evento.
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A decisão será oficializada antes do início do revezamento da tocha olímpica, em cerimônia marcada para ocorrer no próximo dia 25 de março, na província de Fukushima.
O Comitê Olímpico Internacional (COI) solicitou, no entanto, que patrocinadores estrangeiros e representantes de comitês olímpicos de outros países tenham permissão para entrar no Japão para acompanhar o evento e está tomando providências para garantir que isso ocorra.
Os responsáveis pela organização dos Jogos de Tóquio realizaram uma reunião com representantes do COI e do Comitê Paralímpico Internacional na semana passada. No encontro, eles concordaram em tomar ainda em março uma decisão sobre a presença de torcedores estrangeiros.
Além disso, o comitê organizador de Tóquio prometeu definir até o fim de abril qual será o número máximo de espectadores permitidos nas instalações olímpicas durante o evento.
A covid-19 continua a se espalhar por todo o mundo. Países como o Reino Unido identificaram variantes mais contagiosas da doença, que agora também estão se espalhando pelo Japão.
O Japão proibiu a entrada de estrangeiros no país em dezembro. Em janeiro, o governo foi forçado a suspender um acordo para permitir viagens de negócios com 11 países, entre eles a China e a Coreia, ao declarar estado de emergência contra a covid-19 em várias províncias.
A maior parte dos países desenvolvidos já está avançando em suas campanhas de vacinação contra a doença, mas os países mais pobres ainda estão lutando para garantir doses suficientes para suas populações.
O comitê organizador temia que permitir a presença de estrangeiros poderia provocar um novo surto de infecções no Japão, pressionando ainda mais os hospitais e as equipes médicas japonesas.