Para Jorge Chaves, diretor da Rede Othon, a não obrigatoriedade do visto tem contribuído bastante para que a rede Othon volte a ter o equilíbrio no percentual dos hóspedes estrangeiros.
O Rio Othon Palace, localizado na Avenida Atlântica, no Rio de Janeiro, dispensa apresentações, pois é uma espécie de ícone urbano na praia mais famosa do Brasil, Copacabana.
REDAÇÃO DO DIÁRIO
Durante a realização da WTM Latin America, que aconteceu na última semana em São Paulo, o DIÁRIO conversou com o Diretor Comercial e de Operações, Jorge Chaves, que recebeu o editor do DT, Paulo Atzingen para uma entrevista em seu estande, confira:
DIÁRIO: Jorge Chávez, podemos começar com os números do Rio Othon Palace? índices de ocupação, investimentos… pode nos passar?
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JORGE CHAVES: Claro, vou falar dos nossos dois hotéis em Copacabana, que tiveram resultados bem interessantes. A gente vem desde o hiato da pandemia alcançando bons resultados e em 2023, superamos em muito o ano de 2022, que em percentuais representa um crescimento da ocupação em 12%. Como em Revpar* tivemos um crescimento do nosso resultado em relação ao ano de 2022, que já foi superior a qualquer período pré-pandemia, em torno de 40% e o resultado 74% maior do que foi o de 2022.
DIÁRIO – Ao que se devem esses números?
JORGE CHAVES: Esse resultado não é apenas provocado pela alta demanda que tivemos em 2023, o Brasil inteiro teve um bom período no ano passado, mas também reflete as ações que nós tomamos desde a pandemia com todo o reposicionamento estratégico dos nossos hotéis, além das correções internas que nós promovemos. Isso fez com chegássemos na WTM trazendo novidades muito relevantes. Estamos em obra no nosso rooftop, o espaço mais mais alto do Rio de Janeiro, que será entregue no próximo mês de agosto. Estamos remodelando toda aquela área e criando uma nova piscina de borda infinita, dobrando o tamanho da piscina atual e criando mais um andar, reformando o nosso restaurante. Trata-se de uma obra das mais emblemáticas que nós já fizemos na nossa unidade Othon Palace, a principal do grupo.
DIÁRIO – Pode falar o valor do investimento?
JORGE CHAVES – O valor do investimento gira em torno de 10 milhões de reais, só o rooftop. É um investimento que reflete a intenção do grupo de valorizar essa unidade, adicionar ainda mais a qualificação da experiência do nosso cliente e é uma obra que de fato é o nosso grande carro-chefe, o nosso grande objetivo para 2024. Além disso, estamos fazendo o lançamento do nosso quiosque na praia bem de frente ao hotel, no calçadão, justamente para promover a experiência do cliente.
Acrescido a isso, estamos lançando este ano os nossos novos apartamentos com um novo padrão. São muitas novidades e investimentos relevantes nessa unidade que tem 586 quartos, o maior hotel individual do Rio de Janeiro e que tem alcançado excelentes resultados nos últimos anos. Isso faz com que a gente tenha a capacidade do reinvestimento e, obviamente, uma melhoria da unidade que vai se refletir na qualidade de atendimento ao nosso cliente.
DIÁRIO – Jorge, como está a chegada de hóspedes internacionais?
JORGE CHAVES: Melhorou bastante, tem crescido muito no Rio de Janeiro. A malha aérea dos voos do Galeão, nosso Aeroporto Internacional, tem aumentado bastante. Nesse primeiro trimestre, nós tivemos aquilo que a gente considera que é o ponto de equilíbrio entre hóspedes nacionais e internacionais, tivemos um pouco mais até de hóspedes internacionais. isso é reflexo do bom momento que o turismo do Brasil tem alcançado, mas no Rio de Janeiro em especial tem atraído hóspedes internacionais com grande destaque. O câmbio colabora bastante, já que temos um câmbio atrativo para o cliente internacional. A exigência do visto americano que foi adiado, felizmente evita uma barreira que é algo muito ruim.
A não exigência do visto é um outro atrativo ao nosso turista, pois ele pode desfrutar de Cancún e outras regiões do Caribe onde não há essa barreira burocrática, nem a barreira de custos. A não obrigatoriedade do visto tem contribuído bastante para que a gente volte a ter o equilíbrio dos hóspedes estrangeiros.
Não impor restrições é algo fundamental que favorece muito o turismo e o turismo é muito relevante justamente por todo o papel social que ele cumpre. Empregamos muita gente, uma indústria prestadora de serviço que precisa de gente trabalhando, basta ver a movimentação aqui da feira da WTM que reflete muito essa ótica tão especial que o turismo tem que é promover inclusive o primeiro emprego, ou um emprego de quem não tem condições ou escolaridade suficiente, e ele será treinado e qualificado dentro das redes hoteleiras.
OUÇA A ENTREVISTA:
*RevPar (do inglês revenue per available room, ou receita por quarto disponível), é uma métrica de desempenho no setor de hotelaria calculada dividindo a receita total de quartos de um hotel pela contagem de quartos e o número de dias no período que está sendo medido.
SERVIÇO:
RIO OTHON PALACE Av. Atlântica, 3264 – Copacabana, Rio de Janeiro – RJ, 22070-001, Brasil
(21) 2106-1500
central.reservas@othon.com.br