Gramado Parks previa uma ampla reestruturação em todas as suas unidades de negócios
O Juiz de Direito Darlan Elis de Borba e Rocha, da Vara Empresarial Regional de Caxias do Sul/RS, homologou sem ressalvas, o Plano de Recuperação Judicial do Grupo Gramado Parks, entendendo que ele atende a todos os requisitos legais.
O plano apresentado pela Gramado Parks previa uma ampla reestruturação em todas as suas unidades de negócios, com modificação da gestão, renegociação dos principais contratos que representam custos operacionais e um drástico corte de despesas administrativas, além de diversas opções de pagamento aos seus clientes, fornecedores, financiadores e prestadores de serviços.
Veja também as mais lidas do DT
Na Assembleia Geral de Credores realizada em 08 de abril de 2024, o plano recebeu o voto favorável de 2777 credores da companhia, representando uma aprovação por 98,5% dos credores presentes.
A Gramado Parks destaca que empreendeu grandes esforços para contatar o maior número possível de clientes, fornecedores e demais credores, creditando a este diálogo abrangente o expressivo número de credores que participaram da assembleia e votaram favoravelmente às propostas de reestruturação.
O CEO da Gramado Parks, Ronaldo Costa Beber, destaca que “mesmo durante as negociações com credores, iniciamos a implementação de drásticas economias e medidas de sustentabilidade dos nossos negócios, otimizando custos operacionais e reduzindo despesas administrativas, o que nos permitirá ter maior margem de lucro, a fim de cumprirmos com os pagamentos de todos os credores e, em breve, voltarmos a atrair investidores em busca de rentabilidade.”
Redução de custos
Segundo o executivo, mesmo durante as negociações com credores, a companhia já conseguiu reduzir em mais de R$ 40 milhões o seu custo anual, com diversas iniciativas de reorganização que permitiram, inclusive, a retomada das obras. Para Beber, “a homologação do plano de recuperação judicial permite que a empresa tenha previsibilidade em seu fluxo de caixa, para que, de um lado comece a efetivar os pagamentos de seus credores, e, de outro, volte a ter tranquilidade operacional para buscar melhores margens de rentabilidade dos negócios, sem prejudicar o encantamento de nossos clientes, responsável pelos inúmeros prêmios conquistados no último ano, mesmo durante uma recuperação judicial.”
O plano previu o alongamento de prazo nas dívidas com bancos públicos, possibilidades de deságios maiores e prazos mais curtos de pagamento para os fornecedores que continuarem prestando serviços à companhia, bem como a possibilidade de que consumidores recebam seus créditos com diárias de hotéis, ingressos de parques ou, até mesmo, o uso dos créditos para dar entrada na aquisição da propriedade de unidades dos resorts incorporados pela empresa.