Fruto do esforço operacional e do investimento em sistema avançado e integrado de reservas, a ocupação deverá bater a marca dos 90% até o final do ano
Por: Cecília Fazzini – Especial para o DIÁRIO
Intensas e inovadoras experiências oferecidas aos hóspedes são a medida do La Torre Resort All Inclusive, que reforça a sua natureza de meio de hospedagem autoral. Dedicado exclusivamente ao lazer, uma das apostas é a diversificação de atrativos e serviços, forma de ir além da proposta de sol e mar, apesar de seu forte atributo pé na areia. No último quarto do exercício de 2023, o La Torre Resort All Inclusive – localizado à beira-mar, na Praia do Mutá, em Porto Seguro (BA), já registra recorde histórico, ao ostentar nível de ocupação entre 87% e 88%, com previsão de, à beira da nova temporada de verão, alcançar a marca dos 90%.
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Luigi Rotunno, CEO do La Torre, atribui os resultados, que antecipam as metas traçadas para 2024, não apenas à retomada vigorosa do turismo interno que, segundo ele, beneficiou o segmento de resorts em todo o País, mas sobretudo ao quesito experiência. E acrescente-se a isso, conforme sua observação, a característica de meio de hospedagem com apelo genuíno, “que tem esse perfil autoral desde o seu surgimento”, assinala Rotunno, o que ajuda a justificar o sucesso e a fidelização do público ao produto, basicamente formado por famílias. Na aferição mais recente e apurada, o executivo igualmente identifica procura crescente no La Torre por casais jovens com filhos pequenos, abaixo dos 6 anos de idade, que hoje respondem por 50% da ocupação do resort. “É um público que viaja por si mesmo, não tem problema em organizar seu tempo e a forma de estadia e sabe o que quer de um meio de hospedagem”, classifica ele.
Experiência sensorial
A ideia, conforme o dirigente do La Torre, é superar campos como o da gastronomia, que no caso do resort se renova e supera expectativas, mas que, no seu entender, não é mais isoladamente capaz de garantir o fator surpresa que o cliente busca. O objetivo é promover todo o tipo de apelo sensorial, para culminar na satisfação do hóspede, brindado com atividades exclusivas. “De julho a outubro, por exemplo, temos na região do litoral baiano a observação de baleias, contudo o nosso hóspede é transportado em embarcação própria do resort, o que aprimora a experiência com o passeio”, diz Rotunno.
Seguem na mesma trilha intimista outras atrações como balonismo, nos meses de agosto; baladas tecnológicas, em setembro; café-da-manhã, almoço e ceia nas alturas – plataforma elevada erguida para promover a referida vivência com vista privilegiada, no mês de dezembro e atividades interativas diversas, que compõem o calendário do ano todo no La Torre. A propriedade oferece um clube de praia privativo, com serviços de alimentação e bebidas no sistema all inclusive, shows, DJ e eventos temáticos em um programa exclusivo. E numa ampla área verde, o Park Lounge, um dos principais símbolos do lazer no resort, acontecem feiras gastronômicas, artísticas e culturais.
A estrutura do resort voltado à diversão e bem-estar conta com 6 piscinas – das quais a central ganhou sistema de aquecimento, 2 restaurantes, 6 bares, pizzaria, hamburgueria, teatro e circuito de aventura (escalada em árvore). Soma-se ainda SPA, salão de beleza, boutique, jardim das orquídeas e horta de vegetais orgânicos.
“O que é valioso para o La Torre é conceber atividades e espaços para reunir as famílias. Pensamos em atrativos para pais e filhos compartilharem experiências compatíveis ou próximas na nossa área física”. No entender do executivo, em geral férias ou estadias prolongadas são destinadas a esse convívio, já que a maioria dos pais trabalham full time e, no lazer, priorizam o contato com os filhos.
Estrutura personalizada e renovada
Ambientes constantemente renovados utilizam mão-de-obra local, desde os mais detalhados cuidados com a infraestrutura até a confecção de itens para a decoração. Rotunno frisa que mais do que retrofit, o zelo é com o redesenho das alas do resort, em curso no momento. Para essa espécie de revitalização, até as luminárias, paredes, revestimentos, além de móveis e outros itens recebem inspiração regional, entregues à criatividade dos artesãos das proximidades, que utilizam técnicas e materiais rústicos. Esse jeito de remodelar os ambientes do resort, utilizando o artesanato e modo de produção da comunidade do entorno do resort, está em prática há dois anos.
“Muito além do retrofit, fazemos o redesenho de todas as alas e categorias de hospedagem, com mão-de-obra e artesanato locais”, Luigi Rotunno, CEO do La Torre Resort
O executivo diz que a renovação é destinada às 260 unidades existentes no La Torre, distribuídas em 7 categorias. No ano passado, as atenções se voltaram para as acomodações da classe luxo e, neste mês de setembro, estão sendo concluídas as atualizações nos 80 apartamentos standard.
Mas se na gestão de meios de hospedagem o item gente treinada e qualificada é trunfo para uns e desafiador para outros, no La Torre a dobradinha capacitação e motivação do time surte efeito. Rotunno afirma que o conceito de experiência, a receber o crivo do hóspede, se baseia muito na qualidade da equipe do resort, sob medida para o modelo que não pode ser replicado e nem mesclado à outra operação ou filosofia de negócio, conclusão: um resort autoral.
“Os resorts devem assumir cada vez mais o comando de suas vendas”, Luigi Rotunno, CEO do La Torre Resort
Tecnologia de ponta que aponta para o futuro
Rotunno confirma o interesse do La Torre em cada vez mais falar diretamente com seus clientes e prospects. Nessa rota a tecnologia surge como aliado e vem cobrir uma lacuna que o executivo constata nos empreendimentos da hotelaria: a carência de sistemas que, operacionalmente, falem a linguagem do segmento.
A solução voltada a aumentar a abrangência da jornada de vendas do resort veio com o know-how da desenvolvedora YaaYoo. O investimento realizado pelo La Torre na última versão da ferramenta foi de R$ 2 milhões. “Contemplamos 100% do processo de comercialização de reservas com um sistema integrado e sem similar e tornamos a venda direta nosso principal canal”, revela Rotunno. Ele salienta que, através dessa plataforma, o agente de viagem também pode se cadastrar e fechar negócio com o La Torre. E segue com a recomendação de que os resorts devem assumir cada vez mais o comando de suas vendas.
O vetor da responsabilidade ambiental e social
Vinculado às ações de compromisso nos campos do meio-ambiente e social, o La Torre ingressou em meados deste ano no Pacto Global Da ONU, considerada a mais relevante iniciativa voluntária de sustentabilidade corporativa do mundo. Desde 2021, o Comitê Estratégico ESG do resort vem impulsionando a transformação e fomentando a inovação para contemplar iniciativas na direção da responsabilidade nesses campos. “A adesão ao `Pacto deu luz ao que já estávamos realizando”, considera Rotunno, que salienta que as ações de consumo consciente e os cuidados com o Planeta também são identificados pelo hóspede, capaz de distinguir a seriedade de um meio de hospedagem com projeto consistente nesse terreno.
Entre os investimentos permanentes em ESG, o executivo salienta o mais novo projeto, a inauguração este mês de uma usina fotovoltaica – a 200 metros da sede do resort – com geração de 1 megawatts, que será capaz de fornecer 40% da energia consumida. Os restantes 60%, segundo informa Rotunno, virão da aquisição de energia limpa de terceiros. Outra providência recente para tornar mais criterioso o gasto de energia, o aquecimento da água da piscina central é feito com a recuperação do ar quente de retorno do sistema de ar-condicionado do empreendimento.
“O hóspede reconhece as ações do empreendimento voltadas aos cuidados com o meio ambiente”, Luigi Rotunno
Sobre a estratégia adotada com os resíduos recicláveis, uma alternativa inovadora destaca o La Torre na região que o empreendimento ocupa no litoral da Bahia. Além de conscientizar e motivar os colaboradores do resort a procederem também em suas casas com a coleta seletiva e depositarem o lixo doméstico no eco ponto, instalado na área do empreendimento, esse local de despejo também está aberto a outros meios de hospedagem do entorno, que desejem adotar a mesma rotina.
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