Livro sobre vida de Ronald Reagan será lançado em outubro

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(Edição do DIÁRIO com agências)

Bill O’Reilly e Martin Dugard são autores da série de livros “Killing”, conhecida por retratar a história de vida de personalidades importantes da história dos Estados Unidos. Entre os presidentes que já foram alvos da dupla estão Abraham Lincoln e John F. Kennedy. O desafio mais recente de Bill e Martin foi contar a trajetória do 40º presidente norte-americano, Ronald Reagan, um dos governantes mais populares e também mais polêmicos do país.

A biografia de Reagan, que chega às livrarias brasileiras neste mês de outubro pela Editora Record, ajuda a compreender as múltiplas facetas de um homem que ao longo dos seus 93 anos de vida foi astro de Hollywood, showman da General Electric, palestrante, governador da Califórnia, vítima de uma tentativa de assassinato durante a presidência e um dos principais impulsionadores do fim da Guerra Fria. Visto pelos partidários como uma figura paterna bondosa, foi considerado, muitas vezes, negligente pelos filhos. Via a religião como um espaço para expediente político até que resolveu se aproximar de Deus após quase morrer no atentado.  Sempre teve, no entanto, a agenda controlada por um astrólogo, que dividia a tarefa com a obstinada esposa, Nancy Reagan, a quem ele chamava carinhosamente de “mommy”.

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Bill e Martin percorrem os quase 30 anos de Reagan como ator de cinema, enquanto mostram sua transição do Partido Democrata para o Republicano e a intensificação de sua vida pública após o famoso discurso “Um tempo para escolher”, apresentado em defesa da candidatura de Barry Goldwater. O livro discorre também sobre os dois mandatos do político como governador da Califórnia, destacando a repressão de protestos estudantis contra a Guerra do Vietnã, as medidas econômicas que tomou para equilibrar o orçamento e sua vitória contra um processo de destituição no primeiro mandato.

Paralelamente à história de Reagan, os autores narram a vida de John Hinckley, o fã alucinado que queria chamar atenção da atriz Jodie Foster cometendo um assassinato político. Inspirado em homicidas como Charles Manson, Hinckley cruzaria o caminho de Reagan em 30 de março de 1981, quando o presidente tinha 70 anos. Ronald Reagan sobreviveu, mas teve um pulmão perfurado por um tiro.

Episódios marcantes da gestão de Reagan são lembrados no livro, especialmente o escândalo Irã-Contras, por meio do qual os Estados Unidos vendiam secretamente armas para o Irã em troca de reféns americanos e assim financiavam os Contras, grupo que se opunha ao comunismo na Nicarágua e que era visto com bons olhos pelo presidente americano. A biografia destaca também o papel determinante de Reagan nas negociações com a União Soviética, que levariam ao fim da Guerra Fria e à queda do muro de Berlim.

Ainda que o livro seja sobre Ronald Reagan, momentos históricos decisivos na carreira de figuras políticas como Richard Nixon, Jimmy Carter e Margaret Thatcher são lembrados. Como por exemplo, o fato de a primeira ministra britânica, conhecida como a “alma gêmea ideológica de Reagan”, ter pedido ajuda aos Estados Unidos para retomar as Malvinas. Pedido que o amigo recusou.

A biografia relata ainda o processo de acometimento físico e mental de Reagan por causa do mal de Alzheimer e o devotamento de sua mulher, Nancy, até os últimos dias de vida do presidente.

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