terça-feira, outubro 7, 2025
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Lufthansa vai cortar 4 mil vagas com aposta em IA para reestruturar grupo

A Lufthansa anunciou que eliminará cerca de 4 mil postos de trabalho até 2030, com foco em funções administrativas, impulsionada por inteligência artificial, digitalização e integração entre suas operadoras.

DA REDAÇÃO com agências internacionais

O plano engloba medidas de reestruturação que visam reduzir duplicidades de tarefas entre as subsidiárias do grupo, como Austrian, Swiss, Brussels e ITA Airways, e automatizar operações até então manuais. A maioria dos cortes ocorrerá na Alemanha e atingirá setores não operacionais.

Segundo a empresa, “estamos revisando quais atividades deixarão de ser necessárias no futuro, por exemplo devido à duplicação de trabalho”. A Lufthansa aposta que o uso de inteligência artificial promoverá eficiência e economia de escala em áreas administrativas.

A meta, segundo a companhia, é que essa “mudança profunda provocada pela digitalização e inteligência artificial” reforce a rentabilidade do grupo a partir de 2030, quando a estrutura reorganizada e uma frota modernizada já estarão funcionando plenamente.

Novas aeronaves Lufthansa

Paralelamente aos cortes, a Lufthansa planeja substituir mais de 230 aeronaves até 2030, sendo cerca de 100 de longo curso, como parte da mais ousada renovação de frota da história do grupo. A expectativa é equilibrar a redução de custos com expansão de capacidade e ganhos de eficiência operacional.

O movimento acompanha uma tendência global de substituição de funções administrativas por sistemas inteligentes. Especialistas alertam que profissões ligadas ao atendimento e processos internos estão entre as mais vulneráveis à automação por IA.  Casos recentes reforçam essa dinâmica: empresas de tecnologia têm reduzido equipes de suporte e administrativo sob o argumento de eficiência digital.

O anúncio da Lufthansa reacende o debate sobre o impacto social da inteligência artificial, especialmente em países europeus com forte cultura sindical e legislação trabalhista rigorosa. As negociações com organismos sindicais e a aceitação política do corte de pessoal serão desafios a serem enfrentados.

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