REDAÇÃO DO DIÁRIO
Luigi Rotunno, presidente da Associação Brasileira de Resorts (ABR), defende a implantação dos cassinos em resorts brasileiros. Segundo ele, em momento de recessão econômica é preciso ampliar a oferta turística no país. “Temos mais de 200 mil brasileiros que viajam todo ano em busca de cassinos, porque não reter uma parte aqui no país?“, provoca Luigi nesta entrevista concedida ao editor do DIÁRIO, jornalista Paulo Atzingen, durante a 39ª Aviesp que aconteceu dias 8 e 9 de abril em Campinas (SP). Luigi, que está à frente da associação desde janeiro, fala sobre os resultados de uma pesquisa feita nos 50 resorts da associação: “Queria entender se realmente a ABR tinha a qualidade necessária para levantarmos a bandeira e brigar no mercado. Fiquei extremamente feliz pois depois do primeiro levantamento chegamos a um índice de 86.8% de excelência média nos 50 associados”, comemora o executivo. Confira abaixo, a íntegra da entrevista:
DIÁRIO – Você assumiu há exatos três meses a Associação Brasileira de Resorts. Quais são as principais demandas e suas expectativas para o setor?
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LUIGI ROTUNNO – Mais do que nunca a ABR é importantíssima para os 50 resorts associados. Como todos sabem, estamos atravessando um período difícil no mercado e a união para atividades comerciais gera maior visibilidade. Hoje estamos estreando esse novo estande e se percebe um conceito todo tecnológico, totens digitais, com a utilização mínima de papel e a possibilidade de cadastrar agentes e além disso de interagir com os agentes de viagem. Não tem nenhum suporte de papel que dá essa beleza de imagem que é proporcionada pelo vídeo. São várias novidades. Lançamos o nosso novo portal (https://abr-resortsbrasil.com.br/ ) há 15 dias totalmente atualizado e estamos dando início a vários projetos, entre eles a monitorização da qualidade dos resorts através do nosso índice de competitividade e elaborando estratégias comerciais para enfrentar esse ano de 2016.
DIÁRIO – Como está sendo feita essa monitorização?
LUIGI ROTUNNO – A primeira ação que tomei depois da minha posse foi analisar os resorts. E fiz as perguntas: o que um associado, um resort, precisa de uma associação? Qual é o nível e teor qualitativo dessa associação? Fiz um levantamento muito detalhado dos associados para entender se realmente a ABR tem a qualidade necessária para levantarmos a bandeira e brigar no mercado. Fiquei extremamente feliz pois depois do primeiro levantamento chegamos a um índice de 86.8% de excelência média nos 50 associados. É um índice muito bom. Podemos dizer que estamos no caminho certo qualitativamente. Esse índice é medido todo mês e repassado para cada associado. De posse desse estudo os associados podem comparar com outros empreendimentos e corrigir possíveis deficiências. O estudo é feito por uma empresa de Barcelona, um estudo de alto nível.
Para nós é a abertura de um novo segmento turístico. Estamos totalmente a favor, obviamente queremos que este projeto de Lei seja bem montado e posteriormente fiscalizado
DIÁRIO – Quais os benefícios principais da ABR para um associado?
LUIGI ROTUNNO – Nós temos dois pilares principais: um é o viés comercial da entidade, feiras, workshop, programa do agente especialista, temos 19 eventos programados em 9 meses. O segundo é o viés institucional, a ABR também atua em Brasília protegendo e tutelando os projetos de Lei em benefício do turismo e da hotelaria.
DIÁRIO – Luigi, a Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional do Senado aprovou em dezembro um projeto que regulamenta a exploração de cassinos. Como você analisa essa questão, como presidente da associação de Resorts?
LUIGI ROTUNNO – Já participamos de uma audiência pública no Congresso. A ABR é a favor, primeiro porque o próprio Projeto de Lei deixa claro que eles (os cassinos) devem ser implementados em estruturas turísticas existentes. Por isso os Resorts são os melhores estruturas para receber esses cassinos hoje. Para nós é a abertura de um novo segmento turístico. Estamos totalmente a favor, obviamente queremos que este projeto de Lei seja bem montado e posteriormente fiscalizado. Neste momento precisamos ampliar nossa oferta turística. Tem mais de 200 mil brasileiros que viajam todo ano em busca de cassinos, porque não reter uma parte aqui no país, além de chamar turistas internacionais que gostam do jogo.
