Redação do DIÁRIO
Luigi Rotunno, é o novo presidente da Associação Brasileira de Resorts – ABR – Resorts Brasil, assumindo o cargo no lugar de Luiz Daniel Guijarro. A Resorts Brasil atualmente conta com 50 associados de 14 estados do Brasil. A posse ocorreu na última segunda-feira (30), em São Paulo. “A ABR passou a atuar com um viés mais comercial e maior participação institucional, acompanhando e tomando um posicionamento proativo no que se refere aos projetos de lei que interferem na atividade dos resort”, afirmou Rotunnno durante a posse, sobre as mudanças da entidade. Nesta entrevista exclusiva ao DIÁRIO, Luigi fala sobre o seu novo modelo de gestão, o novo selo que será criado para os agentes e agências de viagens e sobre o papel da entidade nas esferas políticas.
DIÁRIO – Vocês vão adotar agoara critérios mais modernos de gestão
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LUIGI ROTUNNO – Fizemos uma reformulação dos cargos de diretoria. Foram extintas as diretorias regionais e foram criadas uma série de diretorias técnicas. com cargos técnicos que permitirão mais autonomia aos diretores que poderão desenvolver seus projetos. Não existem mais as diretorias regionais. O conceito de regionalização das diretorias não tem mais sentido, significado. A gestão atual pretende ser uma gestão mais centralizada e com um perfil mais empresarial.
DIÁRIO – Você falou rapidamente em sua posse em criar certificações para agências e para os agentes. Como isso vai funcionar?
LUIGI ROTUNNO – Temos já um programa denominado Agente especializado em Resort. Esse programa capacita por ano em torno de 80 a 100 agentes de viagem. O programa especialista vai contribuir e certificar de forma dupla, tanto o agente como a agência serão certificados. A ideia é que quando o agente ao sair da empresa ou da agência em que ele fez a capacitação, a agência permaneça certificada, e vice-versa. Vamos reforçar este selo, criar ums elo novo para reforçar os resorts no mercado.
DIÁRIO – Luigi, você acredita que a ABR pode ser mais atuante, mais decisiva a nível político?
LUIGI ROTUNNO – Ela já participa da Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados em Brasília. E estamos fazendo um trabalho acompanhando todos os projetos de lei relacionados à indústria do Turismo. Temos uma assessoria diretamente lá em Brasília e estamos sempre ganhando peso como consultores técnicos destes projetos políticos. Muitas vezes, o político em si, o deputado federal, o senador, nem sempre, e quase sempre, não é um técnico em turismo. Ele cria projetos de lei, baseado na própria experiência turística dele, como consumidor. Ele está agora ouvindo o outro lado, que é o lado do empresário, que é o lado do empreendimento. Sem dúvida vamos fazer um trabalho para reforçar a posição da ABR como consultora técnica junto aos projetos que interessam o turismo brasileiro.
DIÁRIO – Luigi, você como presidente empossado da ABR, entidade representa os resorts do Brasil, como você vê a implantação de cassinos no país, proposto por alguns segmentos do mercado?
LUIGI ROTUNNO – Para o consumidor é sem dúvida muito interessante a entrada dos cassinos. Quanto se fala sobre liberalização do jogo, não queremos mexer com esse assunto, isso para nós não interessa. O bingo e a máquina caça-níquel , esses dois elementos não interessam à hotelaria. O Brasil possui inúmeros ambientes propícios para os jogos de cassino. O público de resort é potencial cliente e um forte consumidor. Temos cerca de 200 mil brasileiros que jogam no exterior.