por Sandra Maia*
M a r k e t
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p l a c e é a nova coluna organizada por Sandra Maia para o DIÁRIO DO TURISMO. Especialista em comunicação empresarial e consultora na área publicará aqui, quinzenalmente, abrindo espaço para reflexão sobre a importância da estratégia de comunicação e marketing para a construção e posicionamento de marcas.
E esta semana, o tema será o título da coluna. Por quê marketplace?
Marketplace é a palavra usada para designar o lugar onde se vende produtos e serviços – em especial de forma colaborativa e virtual para o consumidor final e/ou para potenciais distribuidores. Essas plataformas virtuais são organizadas a partir de um gestor, um consolidador do pagamento e diferentes marcas de produtos ou serviços – como por exemplo, apartamentos da indústria hoteleira.
A vantagem para o consumidor é encontrar tudo em um único “lugar”. Como se estivesse entrando em um shopping center com diferentes lojas, de diferentes marcas e, com uma variedade imensa de preços.
Bom para o consumidor, bom para os meios de pagamentos e – complexo para as marcas que querem se posicionar de forma única, diferenciada e exclusiva.
Dentro do setor de turismo, nesses “espaços” o que conta são as imagens, o destino e o preço. Parece que a marca deixa de ser importante, uma vez que na decisão de compra, pelo menos quando falamos em serviços e misturamos a hotelaria tradicional à casas para temporada no modelo Airbnb, ela nem sempre define a venda.
Bom para o consumidor, bom para os meios de pagamentos e – complexo para as marcas que querem se posicionar de forma única, diferenciada e exclusiva.
Bem então não precisamos mais investir em marca? Basta o acolhimento perfeito, a experiência local e tudo bem! Certo?
Errado!
Quanto menos investirmos em marca, posicionamento, alinhamento estratégico, mais problemas à vista. Se “marcas em geral”, no mundo de serviços, com vendas on line, parecem não fazer muita diferença em determinados segmentos superofertados, precisamos ter em mente, que marcas sempre estruturam o produto ou serviço. E mesmo que pareça não interferir na compra e venda, interfere. Seja para o público externo que percebe a comunicação organizada, seja para o público interno, que compreende seu design e planejamento.
Não há como trabalhar com excelência se não soubermos qual o direcionamento seguir.
É fácil entender. Imagine um grupo de trabalhadores com histórias e referencias singulares. Todos bem intencionados e colocados para trabalhar lado a lado em um projeto novo. Se estes não souberem exatamente qual o norte, para onde devem seguir, cada um dará o seu melhor, fará o seu melhor, o que não quer dizer, o melhor para a marca e o que foi prometido.
E depois de algum tempo, quando o “caos” estiver instaurado – ou seja, cada um seguindo para onde achar melhor, o investimento de resgate da identidade, da história, do que motivou o empreendedor a construir aquele projeto é geralmente alto e, em alguns casos, ineficaz.
Melhor então, trabalhar com estratégia, comunicação, branding e projetar o posicionamento ideal para que todos possam contribuir e torná-lo por fim, possível.
Construir marcas não é fácil! Destrui-las, no entanto, é bem mais rápido e efetivo. Basta deixar de lado o planejamento, a estratégia, a comunicação e então, tudo se resolve.
*Sandra Maia, especialista em comunicação empresarial é coordenadora dos cursos de graduação SENAC: Bacharelado em Hotelaria e Tecnologia em Eventos; e, Consultora nas áreas de Comunicação e Marketing: https://www.cenariostraw4web.com.br . Contato: sandramaia.mkt@gmail.com