Redação do DIÁRIO
Um parque aquático com quatro hotéis e mais de mil apartamentos destinado ao mais variado tipo de público. Com investimento em torno de 500 milhões, o Hot Beach Olímpia é um empreendimento do Grupo Ferrasa, empresa que atua na área de construção civil e que agora “mergulha” no universo da hospitalidade e do entretenimento. O DIÁRIO entrevistou Manoel Carlos Cardoso, diretor de operações do Hot Beach, para saber mais sobre a preparação e as expectativas para os empreendimentos. Confira:
DIÁRIO – Como surgiu a ideia de unir o parque com a hospedagem?
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MANOEL CARDOSO – O nosso negócio é uma modalidade de turismo e lazer que você vai para um parque aquático e, depois disso, tem que dormir em algum lugar. Nós oferecemos as acomodações, como já fazer alguns players do mercado. Teremos um parque aquático e, num projeto completo, 1,3 mil apartamentos em quatro hotéis. Já temos dois hotéis em operação. Um de 48 apartamentos, que é um resort boutique, para quem quer exclusividade, um resort muito charmoso, com gastronomia diversificada. Temos outro hotel em operação, que é o Celebration, com 264 apartamentos, faz um ano que está operando. E vamos entregar o terceiro hotel de 384 apartamentos em março, o Hot Beach Resort, que recebe o mesmo nome do parque, que abre em dezembro.
DIÁRIO – Como foi o estudo de mercado para saber se esses resorts realmente atenderiam a demanda?
MANOEL CARDOSO – Você tem já uma característica do destino, que é Olímpia, a existência de um parque aquático que é o quarto parque no mundo mais visitado e o primeiro no Brasil, recebe 2 milhões de visitantes por ano. Já tem uma demanda reconhecida. Esse foi o principal ponto de partida.
DIÁRIO – O investimento envolve quanto e em quanto tempo?
MANOEL CARDOSO – Se pegar tudo, desde o início até o final, algo em torno de R$ 500 milhões. Só o parque, R$ 130 milhões.
DIÁRIO – Esse parque atende todos os públicos?
MANOEL CARDOSO – Sim. Conceitualmente, foi estruturado para atender todas as idades, mas o foco principal são as famílias com crianças. Para quem gosta de brinquedos aquáticos e outras atrações para crianças de até cinco anos.
DIÁRIO – É coincidência você ter vindo do Rio Quente Resorts?
MANOEL CARDOSO – Nâo. É totalmente proposital, está no mesmo segmento. O Rio Quente tem exatamente esse modelo, um parque aquático com oito hotéis, 1264 apartamentos.
DIÁRIO – A economia local do empreendimento atende os requisitos?
MANOEL CARDOSO – Esta talvez seja a resposta para os 2 milhões de visitantes ao ano, a localização. Pode ir de carro, e não de avião, e pelas melhores estradas do Brasil. O entorno de Olímpia tem cidades bem estruturadas, com uma população, somada, que chega a algo em torno de 12 milhões. Atende uma demanda muito forte do momento, que é viajar de carro.
DIÁRIO – Qual a previsão de inauguração?
MANOEL CARDOSO – O parque inicia a operação em dezembro. O terceiro hotel, em março. No final de 2019, contemplaremos mais 442 apartamentos.
DIÁRIO – Como vocês estão montando a estrutura de captação para vender isso tudo?
MANOEL CARDOSO – Temos as nossas ações comerciais e de marketing que estão direcionadas para o convencional, que é visitar o trade, as agências e operadoras. Temos as ações mais modernas, atualizadas, que são as ações na área de mídias sociais. Estamos fazendo o trivial para sermos promovidos em todas as praças de interesse.
DIÁRIO – Quem são os investidores?
MANOEL CARDOSO – É o grupo Ferrasa, que tem 36 anos de existência, atuando na região de Olímpia e interior de São Paulo, que está deixando, aos poucos, a segmentação de construção civil para mergulhar no turismo, entretenimento e hospitalidade.