Marco Ferraz, presidente da Clia Abremar: “questões trabalhistas só ocorrem no Brasil”

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REDAÇÃO DO DIÁRIO (RETRO 2017 – publicado dai 29 de setembro)

O presidente da CLIA Abremar (Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos), Marco Ferraz, falou ao DIÁRIO durante a 45ª Expo Abav, que aconteceu em São Paulo de 27 a 29 de setembro. Em um momento em que se comemorava o R$ 1,607 bilhão de injeção na atividade turística na economia do Brasil, fruto da temporada de cruzeiros de 2016, Marco lembrou que nem tudo são mares calmos. A entidade pleiteia junto aos governos estaduais e federal melhorias em infraestrutura dos portos, redução no custo da praticagem e se já não bastasse tem que intermediar negociações trabalhistas.

Segundo, Marco Ferraz, um dos principais pleitos é a melhoria na infraestrutura. “Tem destinos que estamos bem acomodados, mas é preciso melhorar o acesso ao porto. A atracagem dos portos que precisa de melhorias são Maceió e Fortaleza. Recife também possui bancos de areia que dificultam o trabalho. Queremos operar em Florianópolis o quanto antes e precisamos fazer uma batimetria (levantamento do fundo marinho)  que deve sair no próximo mês de outubro, além de um pier com condições e que estamos negociando. Também desejamos ir à Vitória, Guarapari, Itaparica”, enumera. A entrevista foi publicada dia 29 de setembro, confira:

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Questões trabalhistas

Praticagem, taxas de embarque, custos portuários, negociação com sindicatos. Esses são alguns dos problemas que Marco lembra na entrevista. “Estamos com ações com empregados trabalhistas em todos os nossos pontos. A questão mais delicada é a trabalhista. Dentro dos navios tem a convenção social mundial que nós cumprimos e que valem para os tripulantes, mas no Brasil existem advogados que procuram os tripulantes e os levam para fazer uma ação contra as armadoras à pedido de CLT, e assim os juízes julgam por ela. Isso está dando uma insegurança jurídica enorme, a qual tentamos resolver com uma ratificação da convenção no congresso. Já possuímos uma relatora, uma comissão especial e vamos tentar ratificar isso para virar lei e depois levarmos para os juízes a fim de que eles ponderem a partir dessa norma. Nós temos R$ 400 mil de ações em tramitação.  É um fator desestimulante e que só ocorre no Brasil.

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