Marcos Arbaitman, presidente do grupo Arbaitman: “Não existe crise econômica, mas crise moral”

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REDAÇÃO DO DIÁRIO – (Texto revisado e reeditado dia 23/10 às 14h15)

Marcos Arbaitman, presidente do grupo Arbaitman, que inclui a Maringá Turismo, Central de Eventos e a Lemontech (especializada em desenvolvimento de softwares para gestão de viagens corporativas), é presidente do Conselho de Gestão do Turismo de São Paulo, do qual também participam Caio Luiz de Carvalho, ex-ministro do Turismo do governo FHC; Claudia Sender, ex-presidente da Latam; o presidente da GOL, Paulo Kakinoff, entre outros nomes de destaque da economia das viagens e do turismo. Nesta entrevista exclusiva, concedida ao editor do DIÁRIO, jornalista Paulo Atzingen, Arbaitman falou de privatização de equipamentos públicos como o Anhembi e sobre a crise moral – e não econômica – que se instalou no país. Confira:

DIÁRIO – Muito antes do Cidade Limpa do ex-prefeito e do Cidade Linda do atual, o grupo Maringá tem ações de preservação sócio-ambientais muito importantes.  Quando isso começou?

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MARCOS ARBAITMAN – Essa política existe há mais de 20 anos, pode-se dizer. Nós assumimos nesse local há 10 anos, e procuramos o compromisso de environments com quem está a nossa volta para que esses também possam usufruir de uma coisa melhor. Com a gestão do prefeito João Dória, conseguimos instalar o banheiro público, o que é uma maravilha; as praças mal tinham bancos para sentar. Chegamos a colocar também dois bebedouros, mas alguns vândalos quebraram, porém estamos repondo para que fique uma praça como se pode encontrar em qualquer outro lugar civilizado do mundo. Na Vila Olímpica Mario Covas, que é quase em Cotia, nós também plantamos, desenvolvemos nosso programa “Amem”, no qual tiramos crianças das ruas e tratamos delas. Isto já vem há 20 anos.

DIÁRIO – Como no Egito, vivemos hoje no Brasil aqueles sete anos de pragas e calamidades, no que se refere à política e à economia? Aliás, já são mais de sete…

MARCOS – Eu acho que essa crise é diferente das outras porque ela é de caráter moral. Esta tem que ser combatida e vencida. Nós tivemos crise em 1988 e superamos. A de hoje em dia é diferente. Nos últimos 10 anos, o Brasil foi atacado de Norte à Sul pela corrupção e esse fator é um problema de ordem moral. Temos 5.658 mil prefeituras Brasil, das quais 80 ou 90% podemos dizer que são corruptas. Faltam recursos para hospitais, escolas e creches de todo o Brasil. Foi a economia quem fez isso? Não, foi a corrupção. Quando ouvimos os valores de roubos em uma Petrobrás, na qual roubaram R$150 bi. Imagina isso investido em escola, hospitais, infraestrutura etc. Não há crise financeira no Brasil. Aqui ela é decorrente da corrupção. Entrou o Pedro Parente (atual presidente da Petrobrás), ela já começou a ser positiva novamente, e portanto, qual é o problema ai? A crise é ética e moral.

DIÁRIO – Como presidente do Conselho de Gestão do Turismo de São Paulo o senhor tem participado das discussões a respeito das privatizações?

MARCOS – Sim, tanto nos Conselho de Gestão quanto no de Administração. É muito importante porque o Anhembi vai servir ainda mais à cidade, e ao invés de São Paulo perder 80 ou 90 milhões por ano, pode até arrecadar esse mesmo valor em impostos. O Estado não deve ser empresário, e sim cuidar de necessidades básicas como educação, saúde, transporte, mobilidade, e não construir hospitais e tentar geri-los, coisa que não sabe controlar. Portanto, queremos que a iniciativa privada dirija o comando com cuidado, gerando mais emprego, mais renda.

 

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