Maringá Turismo prevê faturar R$ 1 bilhão em 2023

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Se “Nada resiste ao trabalho”, conforme protagoniza o criador da agência de viagem Marcos Arbaitman, numa espécie de mantra que orienta os caminhos dos seus negócios e marca principal do grupo que preside, o ano será de muita transpiração. Mas, a expectativa é colher os frutos de uma trajetória cuidada com determinação, foco e seriedade, em cada capítulo, durante aproximadamente 6 décadas

Por Cecília Fazzini*


Dono de energia incomum, bom humor e com seus cabelos platinados que passam imperceptíveis, Marcos Arbaitman combina pulso firme e elegância no comando do grupo que leva o seu sobrenome. No conjunto, um complexo formado pela Maringá Turismo, Central de Eventos e Lemontech – o braço de tecnologia, que habilita o empreendimento para a modernidade, agilidade, flexibilidade, maior economia e segurança operacional. Hoje, o insight para o uso dos recursos, que imprimem inteligência ao segmento de gestão de viagens, contribui para coroar o êxito do trio de empresas que se tornou sinônimo de sucesso, iniciado com a agência de viagem, há 54 anos. Enquanto alguns percalços econômicos no País, ao longo dos últimos anos e uma inesperada pandemia acometeram empresas do setor, a Maringá resistiu com bravura: “a receita caiu a zero, usamos as reservas e não demitimos ninguém”, orgulha-se Arbaitman. E melhor, contrariando a lógica na crise, em 2022 realizou mais 200 novas contratações, aumento de 76%, atingindo 405 colaboradores, atual contingente do Grupo Arbaitman distribuído em: 246 profissionais (Maringá), 105 (Central de Eventos) e 54 (Lemontech).

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A receita da agência, que se manteve na média dos R$ 80 mihões/mês durante o exercício passado, prenuncia resultados ainda mais promissores, com a franca recuperação no ritmo dos contratos. A meta é faturar acima de R$ 1 bilhão, no acumulado dos próximos 12 meses. Em seu histórico, a Maringá se converteu em agência com vocação natural para o nicho corporativo – que representa 82% da carteira, embora dedique atenção também para o cliente de viagens particulares, correspondente à fatia restante das vendas, prioritariamente (92%) realizadas pela via virtual, mas o plano é que esse seja 100%.

“Duante a pandemia a receita caiu a zero, usamos as reservas e não demitimos ninguém” (Marcos Arbaitman, presidente)

A volta das viagens de negócios e sobretudo à realização de eventos, em cadência ainda mais frenética, conforme o executivo, anima os planos do grupo. “Os eventos estão a pleno vapor e o time do atendimento aos clientes não para um minuto”, comemora Arbaitman, que comemora a demanda por parte de empreendimentos mais estreitamente ligados ao setor de exportação – que convivem com recorrentes viagens internacionais de seus executivos, alimentícia, telefonia, laboratórios interessados em se reportar aos profissionais
da área médica, lançamentos de novos produtos pela indústria em geral, entre outros. “Um simples treinamento presencial de 5 pessoas a outro com 6 mil participantes pelo meio virtual, tudo é evento dada à versatilidade desse tipo de negócio”, elucida o empresário. Enquanto 2023 anuncia a desejada recuperação, “a grande luta é conseguir lugar no avião”, ressalta ele, ao identificar o aquecimento na procura do corporativo.

“O ramo de turismo precisa do ser humano, alguém tem que arrumar a cama no hotel, alguém tem que servir o almoço e receber. É por isso que o ramo de turismo gera tanto emprego, tanto trabalho e tanta riqueza. A tecnologia reduz o tempo da aplicação e os erros cometidos.”

“Relacionamento e contato pessoal se mantêm acima de todos os recursos. A tecnologia é importante, sem dúvida, porque qualificou o ramo de turismo”

Inovação na linha frente

Quem não se inova, anda para trás, temos que nos adaptar às novas situações que o mercado apresenta, a cada dia e a cada hora. Se essa máxima, endossada por Arbaitman, norteia e é inumerada por diversas atividades econômicas, com o Turismo não é diferente. Arbaitman considera essencial se aprimorar e corresponder apelos e rapidez de resposta que o mundo moderno sinaliza. Cita o fato do programa de gestão da Lemontech já ser empregado na rotina de 58 agências de viagem no Brasil, além de aplicado em bancos e grandes empresas de diversos ramos no plano de viagem de seus executivos.

“Começa com um quadro onde um voo São Paulo/Brasília pode custar 160 reais ou 2.880 reais, depende como se compra, nesse programa tem o conjunto de ofertas, preços, companhias aéreas, e se faz o registro da compra, forma de pagamentos, sempre primando pela melhor oportunidade”, sintetiza ele.

Para o time do grupo, o empresário não economiza injeção de ânimo e formas de olhar o futuro com realismo. Ele relata que, na última reunião geral com os funcionários, realizada em São Paulo, no Allianz Parque, foi exaltada a garantia de emprego para os próximos anos, relevância dos talentos no conjunto da empresa e o plano de carreira.

“A dignidade está no emprego e é bastante representativo o fato de 18 dos nossos diretores terem começado como aprendizes na empresa”, frisa Arbaitman. A proximidade com integrantes do time se dá na tomada de decisões e também em momentos de descontração como no restaurante próprio, que mantém na sede da empresa, onde são servidas gratuitamente as refeições diárias aos colaboradores. Em 2022 o grupo concedeu 14º. salário aos colaboradores, face à recuperação das operações

Marcos Arbaitman - Presidente da Maringá Turismo (foto: Geovana Fraga)
Marcos Arbaitman – Presidente da Maringá Turismo (foto: Geovana Fraga)

Vocação e dedicação

Advogado por formação, profissão que era desejo da mãe para seguir o percurso profissional de promotor do avô, ingressou no Turismo quase que acidentalmente. Convidado por um conhecido que, entre outros ramos, atuava no segmento de agência de viagem, único do qual desejava se desfazer, por apresentar resultado insatisfatório à época. Arbaitman, além do grupo de empresas, ainda integra os quadros para a tomada de decisão em quase trinta entidades representativas de setores diversos. Já presidiu a ABAV e participa de segmentos além do turismo como do conselho de iniciativas culturais como o Metropolitan de Nova Iorque e Museu de Arte Sacra de São Paulo e de hospitais como o Albert Einstein.

Arbaitman – Arbait significa trabalho em alemão, portanto homem do trabalho, segundo atentou seu pai – nunca faltou em 54 anos ao trabalho na empresa. Ele considera que o resultado advém de 99% de transpiração e procura transmitir aos filhos esse princípio segundo ele elementar. E prega também que em primeiro lugar é preciso acreditar no que se está fazendo, na sequência fazer com a escolha a melhor forma possível de atuar. E a frase “Nada Resiste ao Trabalho” – inclusive adotada como slogan das empresas – não é de sua autoria, mas ouvida do empresário Antônio Ermírio de Moraes, de quem Arbaitman se tornou próximo.

Humanamente responsável

Mas o destaque mesmo de uma vida, além do bem-sucedido empresário, está em outro terreno: a dianteira, junto com a esposa Bete Arbaitman, da Associação dos Amigos do Menor pelo Esporte Maior (AMEM), situada em sede própria, no município de Cotia, vizinho à capital paulista. De nome sugestivo, a AMEM beneficia quase 5 mil crianças e jovens, tendo como vetor principal o esporte, formação profissional em algumas áreas e inclusão digital. E, nesse terreno, a veia empreendedora também fala alto e Airbaitman comprova toda a sua habilidade, porque além do investimento de recursos e tempo, ainda arregimenta amigos e empresários de seu relacionamento para apoiarem a causa. E foi assim desde o início da obra, quando era secretário do Turismo paulista do governo Mário Covas, época em que ergueu a pedra fundamental da AMEM, há 25 anos, resultado de sua obstinação em tirar os jovens das ruas. Hoje computa saldo positivo a ponto de ex-assistido quando jovem, resgatado das ruas, se tornou empresário e atualmente vive no exterior, onde se tornou empresário. “Salvar uma criança equivale a salvar toda a humanidade”, considera.

“Nossa ideia é continuar atendendo, com a assistência às crianças – programa para salvar crianças de ruas – trabalho de que não abre mão do trabalho direto para salvar as próximas gerações, só o governo não conseguirá fazer sozinho.”

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