Esperança e Coragem são as palavras que resumem Marta Rossi, CEO do Festuris. E são exatamente os termos que ela utilizou para estimular (quase exortar) os expositores, parceiros, colaboradores e imprensa a participarem da 32ª edição do Festuris.
O evento que acontece de 5 a 8 de novembro, no Serra Park, em Gramado, será o primeiro totalmente presencial desde o início da pandemia. Nesta entrevista exclusiva, concedida ao DIÁRIO, Marta Rossi fala de suas expectativas, esclarece as importantes parcerias com empresas de biossegurança e nos oferece uma boa dose de sua esperança e coragem. Acompanhe:
DIÁRIO – Marta, a 32ª edição do Festuris Gramado sendo o primeiro evento presencial desde o início da pandemia terá enormes desafios, que inclusive são novos e inesperados. Como vocês estão se preparando para tal?
Desde que a pandemia iniciou viemos nos preparando para isso, porque nunca excluímos a possibilidade de não realizar o evento. Acompanhamos atentamente todos as estatísticas da pandemia e tudo sempre indicou que a partir de setembro iniciaria a curva de declínios. Fomos buscando conhecimento na área de biossegurança, porque entendemos que o turismo é uma atividade econômica possível, basta sermos responsáveis, proativos e adotarmos um olhar colaborativo. Queremos exercer o papel de liderança no início das atividades presenciais e da retomada no turismo. Em momento algum pensamos em fazer o evento para levar glórias… fazer o evento é uma questão de sobrevivência, para nós e para quem é do turismo. Não é justo sermos tão penalizados. Somos o que sempre fomos… honestos, trabalhadores e apaixonados pela atividade. Para alcançar os melhores resultados, estamos trabalhando incansavelmente em todas as linhas de frente, como sempre fizemos. Somos os primeiros por questão de data, mas não os únicos. O Festival das Cataratas, por exemplo, foi anunciado antes do FESTURIS. Aliás, dois pólos que são exemplo na retomada: Gramado e Foz do Iguaçu.
Queremos exercer o papel de liderança no início das atividades presenciais e da retomada no turismo.
DIÁRIO – As redes hoteleiras, companhias aéreas e empresas de eventos em geral têm contratado empresas de segurança ambiental para o enfrentamento do Covid-19. O Festuris fará isso? Como funcionará? Qual a empresa?
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Enquanto organizadores apresentamos argumentos convincentes e parcerias consolidadas para que a edição presencial fosse autorizada pelo governo estadual. Entre as parcerias está a Marcopolo Next, através da plataforma ‘safe check-in’ para o credenciamento online de todos os participantes do evento, sem a necessidade de contato físico. Um sistema moderno que possui leitor de temperatura, verificação de uso de máscara, validador de acesso e álcool gel para evitar contaminações por Covid-19. Além disso, a Imunizadora Hoffmann fará a sanitização das dependências do evento também para evitar possíveis contaminações. E para chancelar os protocolos e as boas práticas de biossegurança, está em andamento o processo de certificação de feira “Covid Free” junto ao Instituto Brasileiro para Excelência em Saúde (IBES). Também contratamos a Vaniza Schuler, que conduziu todos os protocolos dos eventos teste no Rio Grande do Sul e será a nossa consultora em biossegurança.
DIÁRIO – Quais serão as principais mudanças estruturais do evento?
O novo formato do evento terá preocupação constante com a saúde e segurança dos participantes, cumprindo uma série de protocolos aprovados pelo governo estadual e validados pelas entidades representativas do setor de eventos. Teremos corredores mais largos, stands em formato de ilhas e ventilados, o check-in no evento será online para evitar aglomerações nas áreas de secretarias, além de outras medidas protocolares que tivemos que nos adaptar. Neste ano também estamos levando o nosso Meeting Festuris para os pavilhões do Serra Park, na mesma estrutura onde acontece a feira de negócios. Essa foi uma medida tomada por nós para facilitar a logística e os cuidados com a saúde dos participantes. A feira também vai começar mais cedo neste ano, funcionando das 12h às 19h. Essas são as principais mudanças que destaco.
O novo formato do evento terá preocupação constante com a saúde e segurança dos participantes
DIÁRIO – Quantas pessoas da Rossi & Zorzanello participam da organização do 32º Festuris e como manter a motivação alta desse pessoal?
Mantivemos nosso TIME DE TRABALHO, não demitimos com a pandemia. São 17 colaboradores. Creio que este tenha sido o maior motivador para manter a equipe em alta. Eles acompanharam passo a passo o sacrifício feito pelos diretores e pela empresa. Todos se aglutinaram em torno de novos projetos e o FESTURIS passou a ser uma causa. Fomos muito aguerridos neste momento complicado, mas jamais faltou coragem para superarmos as barreiras que foram aparecendo a nossa frente, e olha que não foram poucas.
DIÁRIO – Como tem sido o trabalho de convencimento junto aos expositores, clientes, parceiros e imprensa para mostrar a importância do evento mesmo diante de uma pandemia?
Claro que em um momento tão delicado como o que vivemos, encontramos resistências compreensíveis e respeitamos muito cada pensar. O pedido feito ao TIME foi de não forçar situações, mas sim conclamar a todos para a retomada da atividade turística. Essa vontade de reiniciar já estava latente no mercado, o que se aguardava era uma oportunidade. E foi o que fizemos em um momento de estabilidade da pandemia e com a certeza de que o turismo não poderia mais ser tratado como o vilão da história.
