A Maxmilhas, empresa que pertence ao mesmo grupo societário da 123Milhas, irá renegociar suas dívidas com parceiros e fornecedores depois dos desdobramentos da crise financeira envolvendo a 123Milhas. As informações são do portal Poder360.
Publicado em 31 de agosto (RETRÔ 2023)
A empresa também anunciou que os vendedores de milhas –uma das funcionalidades oferecidas pela plataforma– irão receber o pagamento mensalmente em 3 parcelas, com juros de 1%.
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Em nota enviada ao Poder360, a Maxmilhas afirma que as medidas adotadas pela 123Milhas refletiram em todo o setor em que ambas atuam, dificultando o acesso ao capital de giro no mercado.
Em nota, a companhia também diz que, apesar de terem sócios em comum, foi “surpreendida pelas decisões isoladas” da 123Milhas, mas que já superou “desafios parecidos” anteriormente.
“Diante desse cenário, conversamos com nossos parceiros, fornecedores e ofertantes de milhas para acertar uma renegociação de alguns pagamentos com o objetivo de alcançar o equilíbrio operacional da empresa, afirma.
Este jornal digital também questionou a companhia sobre quando será feito o 1º pagamento àqueles que venderam suas milhas, mas não obteve resposta.
ENTENDA O CASO
A 123Milhas anunciou em 18 de agosto a suspensão temporária da emissão de passagens de uma linha promocional com embarque previsto de setembro a dezembro de 2023. O cancelamento vale para passagens e pacotes do plano PROMO, que têm datas flexíveis e são vendidos em valores abaixo do mercado.
Dias depois, em 24 de agosto, A 7ª Vara Cível do Foro de Ribeirão Preto determinou o bloqueio de R$ 44.358 das contas da empresa de turismo. A decisão, realizada via Sisbajud (Sistema de Busca de Ativos do Poder Judiciário), visava ao reembolso de 5 passagens aéreas de 1 cliente da empresa.
Com a crise instalada, a companhia protocolou, na 3ª feira (29.ago) 1 pedido de recuperação judicial no TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais).
Segundo a empresa, a recuperação judicial tem como objetivo assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos com clientes, ex-colaboradores e fornecedores.
“A recuperação judicial permitirá concentrar em um só juízo todos os valores devidos. A empresa avalia que, desta forma, chegará mais rápido a soluções com todos os credores para, progressivamente, reequilibrar sua situação financeira”, informou em nota.