A primeira fase do restauro do icônico Mercado Municipal Paulistano, conhecido como Mercadão, foi oficialmente entregue nesta segunda-feira (20), representando um avanço significativo na preservação histórica e modernização do espaço que é um dos grandes símbolos de São Paulo. Após um ano e meio de atraso, a obra recebeu um investimento de aproximadamente R$ 40 milhões pela concessionária Mercado SP, como detalhou o jornalista Túlio Kruze em texto publicado pela Folha Press.
Entre as melhorias, destacam-se a troca dos 6.000 m² de piso interno, reparos nos ornamentos da fachada e dos pilares de concreto, nova pintura, reforma do telhado, limpeza dos famosos vitrais e modernização das instalações elétricas. É a primeira grande intervenção no prédio histórico desde 2004, quando o mezanino foi instalado na gestão Marta Suplicy (PT).
Embora esta etapa tenha sido concluída, ainda há trabalhos pendentes, como a reforma das calçadas ao redor, a construção de 1.200 m² de novos mezaninos, a instalação de restaurantes nas cúpulas do prédio e a abertura de um terraço para visitação. Outra obrigação do contrato de concessão inclui a revitalização do mercado Kinjo Yamato, localizado em frente ao Mercadão, com entrega prevista para agosto.
De acordo com Aldo Bonametti, presidente da Mercado SP, a fase mais complexa já foi concluída, e as intervenções restantes são consideradas menos desafiadoras. “O que falta agora não são intervenções tão complexas quanto foi o restauro, então acreditamos que elas podem ser feitas de forma mais rápida”, disse ele ao jornalista Túlio Kruze, em material publicado pela Folha Press.
Entre as modernizações já realizadas, destacam-se a instalação de geradores de energia a diesel, que garantem o funcionamento do espaço mesmo durante quedas de energia, e a substituição de toda a tubulação subterrânea de água e esgoto. Além disso, cinco das nove claraboias do telhado foram renovadas, proporcionando mais luz natural ao ambiente.
Os desafios enfrentados durante as obras incluem o mau estado de conservação dos edifícios, a pandemia de covid-19 e a necessidade de aprovações dos órgãos de preservação devido ao tombamento histórico do local. O impasse em mudanças na fachada do Kinjo Yamato também contribuiu para os atrasos.
Ao fim de todas as etapas, espera-se que o investimento total nos dois mercados ultrapasse os R$ 88 milhões. Com o contrato de concessão válido até 2046, a Mercado SP administrará o Mercadão até o seu centenário, daqui a oito anos.
(Texto adaptado a partir de reportagem de Túlio Kruze, Folha Press).