O União Brasil oficializou, nesta segunda-feira (8), a expulsão do ministro do Turismo, Celso Sabino, após meses de crise interna envolvendo sua permanência no governo federal. A decisão, unânime, foi tomada pela comissão executiva nacional durante reunião na sede do partido, em Brasília.
REDAÇÃO DO DIÁRIO
Segundo nota divulgada pelo União Brasil, “a expulsão decorre de uma representação apresentada contra Sabino, que permaneceu no governo federal, em atitude contrária a uma determinação do partido anunciada em setembro envolvendo todos os filiados”.
A confirmação encerra um processo que começou ainda no segundo semestre, quando o União Brasil decidiu romper com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A partir dessa decisão, o partido determinou que todos os filiados que ocupassem cargos no Executivo deixassem suas funções em até 30 dias. O descumprimento significaria risco de “infidelidade partidária”.
Mesmo após o anúncio, Sabino optou por permanecer à frente do Ministério do Turismo. Ele informou ter entregue sua carta de demissão ao presidente Lula, mas afirmou que o chefe do Executivo pediu que permanecesse no cargo, especialmente devido aos preparativos da COP30, que será realizada em Belém (PA). A continuidade do ministro na pasta levou ao seu afastamento interno em outubro e à abertura de processo no Conselho de Ética.
O colegiado aprovou, em 25 de novembro, a desfiliação do ministro, decisão agora ratificada pela executiva nacional. A medida também altera a estrutura partidária no Pará. De acordo com o União Brasil, o diretório estadual passará a ser dirigido por uma comissão executiva interventora.
Sabino está em seu segundo mandato como deputado federal, atualmente licenciado para comandar o Ministério do Turismo — posto que assumiu em julho de 2023, no lugar de Daniela Carneiro.
A saída da legenda não deve impactar o seu mandato na Câmara dos Deputados. Conforme entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro poderá se filiar a outro partido sem perder o mandato. Representante do Pará, Sabino mira disputar uma vaga ao Senado nas eleições do próximo ano.
