O Museu Funerário de Viena, criado há quase 50 anos, reabriu neste mês, após um período de reformulação em que foi adaptado para a era digital. Cheio de máscaras mortuárias, caixões antigos e outros objetos mórbidos.
Quando foi inaugurado, em 1967, o "Bestattungsmuseum" foi o primeiro museu do tipo no mundo. Agora, ele passou a funcionar dentro do Cemitério Central, que é o segundo maior da Europa em área e o que tem o maior número de pessoas enterradas no continente: cerca de 3 milhões, o dobro da população viva atual de Viena.
A entrada para o museu subterrâneo leva as pessoas ao “reino dos mortos”, ou ao submundo dos agentes funerários de séculos passados, afirmou a diretora da instituição, Helga Bock.
Cerca de 250 itens estão expostos. “Para os nobres, e especialmente na Corte Imperial, os funerais eram oportunidades de demonstrar poder. O povo também adotou esse costume, e por isso Viena desenvolveu uma cultura do luto tão específica”, diz Helga.
Os itens expostos incluem máscaras mortuárias, avisos de morte, miniaturas de carros funerários e vários caixões.
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Livro e caveira expostos no Museu Funerário, em Viena (Foto: Joe Klamar/AFP) |
Entre os mais bizarros está um sino que era colocado debaixo da terra, unido ao corpo por uma corda, para que fosse tocado caso a pessoa tivesse sido enterrada viva por engano.
Além do museu, o Cemitério Central, ou Zentralfriedhof, também atrai muitos visitantes, e não apenas no Dia de Finados.
Muitos moradores e turistas vão até lá aos finais de semana para ver as tumbas de pessoas famosas como Beethoven, Brahms e o pop star austríaco Falco.
Com 2,5 km quadrados, o local tem “metade do tamanho de Zurique, mas é duas vezes mais divertido”, segundo um ditado local.
Outra atração para os fãs de lugares mórbidos é a cripta imperial na Igreja dos Capuchinhos, que é, desde 1633, o último lugar de descanso da dinastia austríaca dos Habsburgos, contendo restos de 145 membros da realeza.




