Por Viramundo e Mundovirado*
Antes de escolher dentre as opções dos destinos de neve o viajante deve considerar se:
- É um iniciante no esqui
- Já é bamba nas pistas
- Tem como propósito esquiar em pistas mais ousadas
- O projeto é esquiar imerso em um cenário deslumbrante
- Planeja curtir os esportes de neve, mas também outras opções de lazer, aliados ao conforto e da gastronomia típica da região
- É fissurado apenas no esqui, e não deseja gastar muito
- A meta é iniciar os filhos, ou netos no esporte
Se você clicou apenas um, três, ou todos os sete itens, a resposta certeira para seu destino de neve é – Portillo no Chile.
E, por quê? Portillo é duplamente perto, a capital Santiago dista apenas três horas de voo de São Paulo com várias saídas em todos os dias da semana. Em Portillo chega-se em pouco mais de duas horas de viagem por estrada asfaltada que cruza o Aconcagua Valley, e que passa na entrada do resort.
Veja também as mais lidas do DT
Vale saber que Portillo foi o primeiro centro de esquis da América do Sul. O governo chileno, em 1887, desejava abrir uma estrada de fero para transportar pessoas e mercadorias entre os Andes para chegar à vizinha Mendoza, na Argentina. Contratou engenheiros e trabalhadores ingleses e noruegueses que encantados com o lugar deixavam seus cálculos de lado para deslizarem com seus esquis montanha abaixo.
Os engenheiros passaram a elogiar a qualidade das pistas naturais, além da diversidade da neve para os representantes do governo chileno. Estes ergueram então em 1949, o centro de esqui em Portillo.
Sua fama correu mundo e em 1966, foi sede do Esqui Alpino, uma Olímpiada de Inverno. Para abrigar os atletas, foram construídos dois anexos que hoje são utilizados como alojamentos mais econômicos para os viajantes esportistas.
Imerso em um cenário exuberante aninhado entre majestosas montanhas e diante da Laguna del Inca, Portillo dispara na frente porque tudo está às mãos, e a dois passos: as telecadeiras, ali chamadas andariveles, com 2 ou 4 lugares, as pistas, os campos destinados às aulas para os iniciantes e para as crianças, e a piscina com água quentinha, ótima para relaxar os músculos.
Com experientes professores de várias nacionalidades, o viajante vai aprender desde colocar e tirar rapidamente os esquis, e já dois dias depois se aventurar nas pistas cor verde ou azul. As cores indicam os níveis de dificuldade, e para praticar nas pistas negras, por exemplo, há guias que podem acompanhar os esquiadores, ou os que praticam snowboard. Já para os mais radicais há até mesmo o serviço de helicóptero que deixa o esquiador do cocuruto da montanha. Este serviço fica condicionado às condições climáticas.
A decoração dos quartos foi recentemente repaginada, mas o charme do hotel está precisamente em seus ambientes clássicos, e no madeiramento nas paredes. No amplo salão do restaurante são servidos um substancioso café da manhã, almoço e jantar a cargo do chef Rafael Figueroa, sem esquecer o ‘chá das cinco’. Não dá para ele passar desapercebido, pois no meio da tarde o cheiro bom dos pães sendo assados incensa pelos corredores e salas do hotel.
Durante todo o dia sucos, chás, café e bolachinhas são servidos à vontade.
Vale considerar algumas dicas simples, mas valiosas: agasalhos impermeáveis, botas, meias, e gorros são fundamentais para curtir a neve. Mas, em todos os ambientes do hotel a calefação é quente, inclua também camisetas e sapatos mais leves.
Portillo fica a 2.855 metros de altitude, o que significa que o organismo precisa se aclimatar. No primeiro dia ali procure descansar e evite bebidas alcóolicas.
Trinta minutos antes de chegar a Portillo a estrada em subida íngreme tem 29 curvas. Seu nome já denuncia: ‘los caracoles’ e quem costuma nausear vale se precaver com remédio apropriado.
Agora é só curtir plenamente Portillo!
- Acesse https://viramundoemundovirado.com.br/ para conhecer outros destinos de belezas exuberantes