Nina Nasceu em Sorocaba (SP), no dia 9 de novembro de 1951. Foi registrada como Maria Carmelina Marciano, em homenagem à sua avó materna, Carmelina Maria da Rosa. No ginásio, ganhou dos colegas o apelido de Nina. Na década de 1970, já jornalista diplomada, fez uma averbação e se tornou Nina Maria Carmelina Marciano, e acoplou ao seu nome a identidade profissional Nina Marciano.
Nina é formada em Comunicação Social-Jornalismo (turma de 1976) pelas então Faculdades Integradas Alcântara Machado. “Quando concluí o Colegial (Ciências Humanas) – ainda em Piedade, terra dos meus pais e onde vivi até início de 1972 – fiz um teste vocacional e, no resultado, uma das opções era Publicidade e Propaganda. Por isso prestei vestibular para Comunicação. O curso era de 4 anos, sendo 2 básicos e os outros 2 teria de optar por Publicidade e Propaganda, Relações Públicas ou Jornalismo. No momento da escolha, como a maioria dos meus colegas ia fazer Jornalismo, decidi ir com eles e depois voltaria para cursar outros 2 anos de Publicidade e Propaganda. Mas, no último ano, já estava trabalhando no Diário de S. Paulo e Diário da Noite (Grupo Jornalístico Diários Associados) que eram os principais jornais do País, junto com O Estado de S. Paulo e a Folha de São Paulo. E já havia vestido a profissão. Definitivamente havia desistido de cursar Publicidade e Propaganda”, relata Nina nesta entrevista ao DIÁRIO.
Por Paulo Atzingen*
Nina Marciano é uma das Mulheres que escrevem o turismo do Brasil, confira:
DIÁRIO – Você está no Turismo, cobrindo, pautando e contribuindo para divulgar destinos pelo Brasil e pelo mundo há um bocado de tempo, certo? Como você começou essa trajetória em publicações de viagens?
Ainda estudante comecei nos Diários Associados, como repórter e subeditora da Geral. Após me formar fui ser repórter da Gazeta de Santo Amaro. Uns anos depois, o Diário de S. Paulo encerrou suas atividades e eu não queria ficar no Diário da Noite porque, como diziam, “se torcesse saía sangue”. Pedi para ser demitida, sob resistência da chefia, mas consegui e fiquei só na GSA. Surgiu então uma oportunidade no Shopping News e para lá fui, no início de 1980. Para o primeiro mês de experiência me colocaram na editoria de Turismo, sob o comando dos super profissionais Adones de Oliveira e Fernando Azevedo. Concluído o período, a resposta: fui aprovada, mas a editoria de Moda estava desfalcada, e para lá me mandaram. Atuei como repórter e produtora de moda, sob as ordens da editora Deise Sabbag. Confesso que não me agradou a transferência, porque já estava afeiçoada ao Turismo, mas era meu único emprego. Seis meses depois veio a greve dos jornalistas. Embora eu não tivesse participado de piquetes, a direção resolveu demitir os 3 jornalistas que tinham menos tempo de casa. E eu era um deles. Minha primeira reação foi ligar para o dono da Gazeta de Santo Amaro – o saudoso e querido Sr. Armando da Silva Prado Neto – perguntando se eu poderia retornar ao meu posto de repórter naquela publicação. Depois de ouvir do próprio que eu tinha trocado a Gazeta pelo Shopping News, falou que minha mesa ainda estava vazia e era para eu voltar no dia seguinte. E assim fiquei mais alguns anos na GSA e no Jornal do Brooklin, que também era de propriedade do Sr. Armando. Vale aqui também informar que, era final do ano de 1980, e foi no Jornal do Brooklin onde conheci a Cecília Fazzini, que viria a se tornar minha grande amiga e parceira profissional com quem divido até hoje projetos na atividade jornalística. Trabalhei também no Diário do Comércio, da Associação Comercial de São Paulo e editando as páginas de turismo.
Veja também as mais lidas do DT
DIÁRIO – Nina, teve a influência de algum jornal ou jornalista na sua vida profissional?
Algum tempo depois, o DC criou o Caderno de Turismo e a direção me consultou se eu queria ser editora ou repórter. Preferi ser repórter e tive o privilégio de, outra vez, aprender mais com Fernando Azevedo, o editor contratado. E eis que um dia recebo outro importante convite. Agora para ser repórter e redatora do Brasilturis Jornal, onde permaneci de 1985 a 1994. Por ser um veículo do trade, foi a verdadeira escola. Absorvi os ensinamentos do Horácio Neves, um profissional que tem o pioneirismo como uma de suas muitas qualidades: criou e dirigiu o caderno de Turismo da Folha de S. Paulo, o primeiro do Brasil. No Brasilturis as viagens se multiplicaram, as amizades e o relacionamento com o setor também. Aqui conheci minha hoje grande amiga Fátima Gatoeiro. E ainda tive outro privilegio: o de trabalhar e conviver com quem foi meu primeiro chefe no Turismo – Adones de Oliveira. Quando saí do Brasilturis, fui conhecer o universo da assessoria de imprensa. Fiquei 7 anos na Pressto Comunicações, como coordenadora de assuntos turísticos, com a mestra Mariuccia Ancona Lopes, até partir para o voo solo. Assim nasceu a Nina Marciano Comunicações, no mês de agosto de 1999, empresa especializada em atender o setor de Turismo, que dirijo até hoje. Nesses anos todos, muitos clientes especiais. Para citar alguns: entidades de classe (Sindetur-SP, gestões Eduardo Nascimento, também coeditando a revista Turismo em Números; Braztoa, gestões Aldo Leone, Antonio Aulísio e Ilya Hirsch; e Belta, gestão Celso Garcia); companhias aéreas (Aeroméxico e LAN); destinos (Argentina e Puerto Rico); operadoras (CVC, Bancorbras, Trade Tours); eventos (Salão Profissional de Turismo Abav-SP e Sindetur-SP, ExpoBelta, BNTM, workshops CVC e The Leading Hotels of The World).
DIÁRIO – Teve algum fato marcante na sua carreira de jornalista do turismo e/ou alguma (s) matéria (s) que você gostaria de destacar? Por que?
Minha vida profissional teve muitos momentos marcantes, desde o começo, cobrindo protestos nas ruas, carnavais na Avenida Tiradentes, eleições, passando um dia no Manicômio Judiciário do Estado, acompanhando dentro de uma viatura de Polícia Militar uma blitz noturna no Largo Treze de Maio, em Santo Amaro… Mas no Turismo, certamente, o prazer, a satisfação e a realização sempre estiveram juntos. Para citar alguns momentos marcantes, começaria com a primeira viagem ao exterior, pelo Diário do Comércio, o interior da Alemanha. Pelo Brasilturis, viagens a Israel e Egito, em 1988 e à Andaluzia (Espanha), em 1992, para visitar a Expo-Sevilla, a última Exposição Universal do milênio. Pela LAN, Ilha de Páscoa, Taiti e Atacama, além da fascinante Machu Picchu, onde estive 6 vezes e dos muitos destinos incríveis da Argentina que visitei. A homenagem à ‘Mulher do Turismo’, pela Secretaria de Esportes e Turismo do Estado de São Paulo, em 1989; e o Troféu Mulher Influente, do Jornal MG Turismo, em 2006. Ressalto, ainda, o amplo aprendizado que obtive, coordenando e acompanhando em press-trips grandes nomes do jornalismo de turismo. E, deixando a modéstia de lado, em minha trajetória sempre preservei relacionamentos com profissionais do setor. Hoje, tenho orgulho desse patrimônio que faz, muitas vezes, ser fonte de informação para, inclusive, outras assessorias, imprensa e empresários do setor.
DIÁRIO – Como você vê o jornalismo do turismo e viagens hoje?
Comparado à época em que comecei mudou muito. A internet aproximou as pessoas ao mundo das viagens e facilitou a realização do sonho de viajar. A diversificação da mídia reforçou a importância do setor e ampliou sua atuação, haja vista o número de sites e blogs. Mas acho que ainda há muito a ser feito e explorado. Reitero que, assim como o agente de viagens, o jornalista deve ir além nas coberturas do turismo com olhar mais crítico e amplo.
DIÁRIO – Quais são as suas perspectivas para o jornalismo do turismo e viagens nos próximos anos?
O jornalismo deve ganhar um novo impulso para acompanhar o crescimento do setor, mas a longo prazo. O estrago que a pandemia fez com o mundo das viagens e tudo que o envolve está sendo muito grande e cruel. Acredito que quando houver a retomada haverá um novo boom. Não há quem não esteja contando os dias para voltar a viajar (inclusive eu).
DIÁRIO – Qual mensagem você deixaria para o profissional que deseja escolher o ofício de escrever sobre destinos turísticos?
Ao escrever sobre destinos, tenha o cuidado de conhecê-los em detalhes. Não se restrinja aos seus pontos turísticos. Tenha certeza que aprender outros idiomas é muito importante, mas, por favor, antes de mais nada, domine o português.
*Paulo Atzingen é jornalista
Nina Marciano merece ser mencionada como uma das melhores profissionais da sua área. Sou amiga e fã. Estou em festa pela Nina.
Nina, uma profissional merecedora de todos os prëmios do turismo pelo seu ideal, profissionalismo, camaradagem, lealdade, inteligëncia/competëncia e amor ‘a arte impar de divulgar o turismo com muita alegria e espiritualidade.
Parabéns Nina!
Muito obrigada Denize!
Muito obrigada Hilario!
Parabéns pela brilhante carreira
Abraço
Muito obrigada, Rubinho! abs
Nina, parabéns! Quanta honra ser sua conterrânea e amiga de toda sua querida, linda e valorosa familia! A vida profissional nos afasta por tempos dos amigos. Fico feliz e deslumbrada com o resultado de toda experiência e conhecimento que você adquiriu! Deus a abençoe e ilumine!
Nina, parabéns! Quanta honra ser sua conterrânea e amiga de toda sua querida, linda e valorosa familia! A vida profissional nos afasta por tempos dos amigos. Fico feliz e deslumbrada com o resultado de toda experiência e conhecimento que você adquiriu! Deus a abençoe e ilumine!
Muito obrigada, Marta! Grande abraço!