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O primeiro dia do Rock in Rio

Bayard Do Coutto Boiteux* –

Não sou de grandes eventos musicais mas resolvi participar do Rock in Rio por ser um case de sucesso. Comprei dois ingressos de forma rápida pelo site ingresso.com e ambos chegaram na data aprazada. A ativação da pulseira foi fácil para a abertura do primeiro dia, na última sexta-feira(15). Como moro nas redondezas, fui caminhando.

Notei uma presença maciça da polícia militar, guarda municipal e guardas de trânsito, os quais infelizmente só aparecem nas redondezas do Parque Olímpico quando da realização de algum evento, o que é lamentável e mostra um descaso das autoridades municipais com a nova área da cidade, conhecida como Barra Olímpica.

A entrada do evento estava bem sinalizada e a equipe de uma empresa de segurança privada que cuidava dos acessos era bem treinada, eficiente e rápida. O primeiro problema do evento, na minha opinião, é a total falta de sinalização, deixando as pessoas perdidas, inclusive no que diz respeito aos toilettes, que estavam muito limpos e em quantidade suficiente. Achei também inadequado permitir que as pessoas se sentem e deitem no chão dos locais onde os shows acontecem, podendo gerar tombos e até em caso de uma fatalidade, um grande acidente.

Algo que os organizadores devem avaliar são os locais de alimentação que precisam ser ampliados. O novo gourmet square está com boas opções, com serviço rápido mas com filas grandes nos acessos. Alias, é lamentável que a única bebida alcoólica vendida seja a cerveja e por um preço exorbitante de 12 reais. Faltou vinho, caipirinha e alguns drinks.

Os palcos estão sincronizados e a alegria reinante e boa demonstra um astral positivo.

As atrações incluídas também não foram bem dimensionadas, como a roda gigante e a tirolesa com filas enormes e sem poder atender a demanda existente. É preciso buscar uma forma de aumentar o acesso dos participantes. Faltou mais interação nas ruas criadas, sobretudo a da África, onde a única atração musical era de cantores africanos – aliás muito boa, mas que não reuniu nem quarenta pessoas.

A diversidade das bandas, estilos e cantores é boa e demonstra uma diversidade excelente. Os palcos estão sincronizados e a alegria reinante e boa demonstra um astral positivo.

Gostei bastante da apresentação do Pet Shop Boys, com efeitos que fizeram o público dançar, cantar e sentir um alto astral.

Achei legal também da nova área de games e a interação, porém cansativo ter que passar a pulseira a cada atração e até o preenchimento de um cadastro que já se encontra no banco de dados do evento.

O Rock in Rio foi uma experiência válida para um profissional de eventos e turismo.

*Bayard Do Coutto Boiteux é vice-presidente executivo da Associação dos Embaixadores de Turismo do RJ e preside o portal Consultoria em Turismo.

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