Os impactos do coronavírus na atividade turística

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Bayard Do Coutto Boiteux*


Ao fazermos uma análise do mercado mundial de viagens e turismo verificamos que a China está entre os maiores receptores e emissores de turistas na atualidade. O atual consumidor chinês é muito qualitativo e essencial para os países que visita. Por outro lado, a indústria sem chaminé é vital para certas regiões chinesas, como Macao e Hong Kong, por exemplo. Para se ter uma ideia da magnitude de tais fluxos, aproximadamente 164 milhões de chineses viajaram pelo mundo em 2018, o que significa mais de 30% das vendas do varejo em viagens no mundo.
 
Com o advento do coronavírus e a proibição de excursões de chineses, acrescidas às várias empresas aéreas que suspenderam vôos sem prazo de retorno e a suspensão  de cruzeiros, da Carnival e Caribbean, a situação é bem alarmante para a cadeia produtiva local e internacional, sobretudo nos países vizinhos, como o Japão que tem na China um dos maiores emissores.

Jogos Olímpicos do Japão serão afetados

A região já havia passado por um problema grave por força de outra epidemia, a SARS , em 2003. No entanto, o coronavírus já se alastrou para mais de 20 países e tem ocasionado muitos cancelamentos de viagens internacionais. O prejuízo, mais uma vez, será muito grande para a economia do turismo e traz incertezas para eventos na região, como os Jogos Olímpicos, no Japão. Fora  que o turismo doméstico é hoje uma realidade na China e faz parte das políticas públicas, afetado também pelas novas restrições.
Medidas estão sendo tomadas no mundo inteiro na chegada de turistas internacionais. É bom lembrar que não se deve apenas controlar vôos da região mas do mundo inteiro, levando em conta grandes hubs internacionais, na Europa, na Ásia, nos EUA onde turistas do mundo inteiro se encontram.

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“Precisamos nos preparar, governos devem desenvolver campanhas de esclarecimento, sobretudo  pela quantidade de fakenews, que já começam a circular”

Embora a OMS não tenha sugerido que as pessoas deixem de viajar, o atual contexto da doença preconiza muita cautela nos deslocamentos internacionais. O Brasil e o Rio, especificamente, um dos maiores produtos carnavalescos do mundo, deverá ser invadido por 400 mil turistas estrangeiros, que devem ser devidamente controlados na sua chegada, uma vez que virão do mundo inteiro. Precisamos nos preparar, pois além das medidas que estão sendo tomadas pelo governo federal, os governos municipais e estaduais devem desenvolver campanhas de esclarecimento, sobretudo  pela quantidade de fakenews, que já começam a circular.
Esperamos que em breve uma vacina seja encontrada para reduzir os impactos na população da China,que hoje vive quase que trancada em suas casas,como forma de se proteger.A vacina também irá acalmar o mundo dos viajantes,que pode se tornar medroso e desistir de viajar nos próximos meses…


BAYARD BOITEUX – RIO DE JANEIRO
Bayard Boiteux é professor universitário, escritor e pesquisador. Atua em turismo há 35 anos. Consultor nas áreas de marketing, capacitação e políticas públicas, conhece 213 países. Possui um canal de Turismo no YouTube com mais de 100 vídeos e um blog de viagens. Adora fotografar e tem um acervo de 25 mil fotos. Atualmente é vice-presidente executivo da Associação dos Embaixadores de Turismo do RJ, superintendente executivo do Instituto Preservale e preside o Portal Consultoria em Turismo – www.bayardboiteux.com.br . É articulista do DIÁRIO desde 2009.

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