Temos no nosso imaginário parques como o Yellowstone, onde ursos quando acordam após a hibernação roubam sanduíches dos picnicks (lembram do Zé Colmeia?), onde famílias saúdam a primavera fazendo acampamentos e pais ensinam seus filhos a pescar nos lindos lagos cristalinos, tudo sob a supervisão do Guarda Parque Sr. Smith.
por Patrícia Campos*
Essa não é nossa realidade. Os parques, sejam eles nacionais, estaduais ou municipais, são áreas de preservação ambiental, muitas vezes sem permissão para a entrada de pessoas.
Veja também as mais lidas do DT
Criar essas áreas é a única forma de salvaguardar espécies em extinção e a flora original. Existem porém parques abertos ao público, com restrições de permanência após horários determinados, que poderiam ser mais atrativos caso houvesse um investimento na infraestrutura básica, como banheiros e áreas para alimentação e a existência de guias locais que possam não só orientar, mas transmitir conhecimento, o que traria , quem sabe um despertar ecológico e a vontade de preservar. Poucos são os que ofer ecem esses serviços e por isso a invasão de áreas protegidas tem aumentado com o tempo.
Se temos turismo local, temos fiscalização e geração de empregos.
Embora tudo pareça tão contraditório , o que se conclui é que quando mais se vivencia, mais se conscientiza, quanto maior o fluxo maior a necessidade de infraestrutura, mas para que essa corrente exista é necessário que se desperte a vontade de conhecer nossos parques, totalmente desprezados pela mídia e sem nenhum incentivo de venda como destino de operadoras e agentes de viagens.
Importamos tantos comportamentos e porque até hoje não fizemos o mesmo em relação aos parques? Por que pais não criaram até e o hábito de “apresentar” a natureza aos seus filhos para que esses aprendam a preservar?
Estamos vivendo momentos em parques de preservação estão sendo invadidos por garimpeiros e madeireiros, sem nenhuma fiscalização ou punição. Se temos turismo local, somos nós os agentes de fiscalização. Buscar o turismo de natureza, passa a cada dia não ser apenas uma opção, mas uma necessidade, tanto para nos conectarmos com a base de qualquer vida, como para transmitir as novas gerações a sabedoria do natural, que transcende os chips e programas de computadores, e sobretudo para preservar a própria nossa própria existência.
No Brasil são dezenove parques nacionais (Chapada dos Guimarães, Serra dos Órgãos, Serra da Bodoquena, entre outros), quarenta e seis parques estaduais ( Intervales, Carlos Botelho, Vila Velha, Rio Doce, entre outros) e trinta e sete parque municipais ( Gramado, Ibitipoca, Serra do Mar, entre outros). Muitos destinos a serem descoberto e muita fauna e flora a ser preservada. Aproprie-se dessa ideia.
PATRÍCIA DE CAMPOS – TURISMO DE NATUREZA
*Patricia é formada em Comunicação Social (Rádio e TV) pela FAAP, com pós graduação em Marketing pela ESPM. Neta do imortal escritor parnasiano Humberto de Campos, Patrícia é diretora da Gentileza R.P., empresa de representação de hotéis e destinos diferenciados do Brasil.
Pelo menos uma vez no ano desço fazer um cicloturismo no Parque Estadual Carlos Botelho, recomendo o parque é muito bem cuidado.