quinta-feira, setembro 11, 2025
InícioAviaçãoPassagens corporativas: como o IOF e o tarifaço dos...

Passagens corporativas: como o IOF e o tarifaço dos EUA pesam no bolso

Um levantamento da Onfly, maior travel tech B2B da América Latina, revela que a redução no preço das tarifas aéreas não tem garantido economia real às empresas. A combinação de novo IOF doméstico e do chamado “tarifaço internacional” dos Estados Unidos elevou as taxas e impostos, que acabam freando a queda no custo final das viagens corporativas.

REDAÇÃO DO DIÁRIO – com assessorias 

Entre agosto de 2023 e agosto de 2025, o ticket médio das passagens aéreas corporativas caiu de R$ 828,68 para R$ 803,07, uma retração de apenas 3,1%. No mesmo período, as taxas extras cresceram 32% em relação a 2023, mesmo após um recuo em 2025. “Embora as tarifas base tenham registrado queda, o impacto das taxas adicionais é expressivo e pode anular boa parte desse benefício”, afirma Rafael Cunha, head de dados da Onfly.

Efeito da compra antecipada

A pesquisa mostra que comprar com antecedência continua sendo a melhor estratégia. Em 2024, passagens adquiridas até 10 dias antes do embarque ficaram 8,4% mais caras. Já as compradas com mais de 10 dias subiram 3,4%. Em 2025, as reservas antecipadas tiveram nova alta de 8,1%. Mesmo com leve recuo nas taxas em 2025, o patamar segue bem acima de 2023.

Variações entre voos nacionais e internacionais

Nos voos domésticos, o ticket médio caiu 3,6% em 2024, mas subiu 6,4% em 2025 após a aplicação do novo IOF, fechando com alta acumulada de 2,5% frente a 2023. Já as taxas cresceram 30,1% em 2024 e recuaram 15,9% em 2025.

Nos voos internacionais, o impacto do “tarifaço” americano é claro. Em 2024, as taxas aumentaram 56,7%. Em 2025, houve queda de 14,7%, mas o nível continua 33,7% acima de 2023. Para destinos nos EUA, o ticket médio subiu 7% em 2025, consolidando um avanço de 4,5% em dois anos.

Planejamento é essencial

Segundo Cunha, o cenário reflete não apenas fatores cambiais e regulatórios, mas também o esforço das companhias aéreas em recompor margens após a pandemia. Ele recomenda que as empresas mantenham planejamento rigoroso para conter custos em viagens corporativas.

Compartilhe essa matéria com quem você gosta!

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Enriqueça o Diário com o seu comentário!

Participe e leia opiniões de outros leitores.
Ao final de cada matéria, em comentários.

Matérias em destaque