Pegadas do Pequeno Príncipe: uma exposição para aprender, se emocionar e se divertir

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A história fascinante do piloto e escritor Antoine de Saint-Exupéry, cujo apelido de infância, dado por suas irmãs, era Toniô, é narrada na exposição Pegadas do Pequeno Príncipe, em cartaz no Shopping Vila Olímpia, em São Paulo, com apoio da Air France.

O DIÁRIO teve o prazer de conhecer de perto a mostra, que permite uma imersão lúdica e objetiva, muito bem conduzida pela produção, com textos que explicam passo a passo da vida extraordinária do autor de forma descomplicada e sempre levando o visitante ao universo do principezinho.

*Por Clara Ribeiro Silva, do DIÁRIO

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(Foto: Clara Ribeiro Silva / DT)

Saint-Exupéry e a aviação

Na sala de abertura, uma série de materiais que evidenciam ao participante a vida longe das letras de Saint-Exupéry, algo que pode ser novo para muitos: ele era piloto e durante sua jornada profissional enfrentou o quase-morte algumas vezes. Inclusive, foi a partir uma experiência própria que surgiu a inspiração para escrever em O Pequeno Príncipe a queda do aviador no deserto do Saara. Em 1935, durante uma tentativa de quebrar o recorde da viagem mais rápida entre Paris e Saigon, o escritor caiu com seu avião no deserto a 200km de distância de Cairo, no Egito.

(Foto: Clara Ribeiro Silva / DT)
Linha do tempo da vida de Antoine Saint-Exupéry (Foto: Clara Ribeiro Silva / DT)

Uma linha do tempo conta toda a sua trajetória de vida (nasceu em Lyon, na França, em 1900), perpassando pela carreira na aviação, iniciada em 1921, quando consegue o brevê de piloto civil. Três anos depois sofreu seu primeiro acidente de avião e em 1926 lançou seu primeiro livro, ‘O Aviador’. Já com mais experiência escreveu Correio do Sul.

Aéropostale e Air France

Seu trabalho como gerente na Aéropostale, na Argentina, lhe rendeu grande bagagem de conhecimento no setor, mas em 1933, já de volta à terra natal, candidatou-se a um cargo na Air France. Somente um ano depois a companhia firmou parceria publicitária com Exupéry, aproveitando-se que ele já era famoso e prestigiado: em 1934 seu livro Voo noturno foi adaptado para o cinema nos Estados Unidos.

Na Air France participou, como consultor, da realização de filmes promocionais, encarregando-se das relações com a imprensa, liderando conferências e redigindo artigos para a revista da companhia aérea.

Pegadas do Pequeno Príncipe (Foto: Clara Ribeiro Silva / DT)
Um dos painéis da mostra Pegadas do Pequeno Príncipe (Foto: Clara Ribeiro Silva / DT)

Reverência às crianças

Esboços e manuscritos encantadores tomam uma mesa inteira e alguns quadros expostos pela exposição. Também há réplicas de seus instrumentos de trabalho, assim como sua roupa de piloto.

(Foto: DT)
(Foto: DT)

No decorrer da exposição, o visitante tem a oportunidade de conhecer detalhes da obra de Saint-Exupéry e porque ela é tão influente até hoje. O lançamento de O Pequeno Príncipe ocorreu em 1944, um ano antes de sua morte, na 2ª Guerra. Destaca-se a reverência emocionante que ele faz às crianças.

“Se você disser às pessoas adultas: ‘Eu vi uma bela casa de tijolos rosados, com gerânios nas janelas e pombas no telhado…’, elas não conseguem imaginar a casa. É preciso dizer-lhes: ‘Vi uma casa de 100 mil francos’. Então exclamam: ‘Ah, que beleza!’Antoine de Saint-Exupéry.

(Foto: DT)
(Foto: DT)

Cenários lúdicos

Diversas salas e corredores encantam os visitantes com pequenos trechos de O Pequeno Príncipe e o processo de criação da trama, popularmente classificada como infantil, mas que se encaixa perfeitamente na leitura de todos os públicos.

Além disso, os cenários, os quais podemos chamar de ‘instagramáveis’, enchem os olhos e convidam os participantes a registrar tudo em fotos.

Em tempo: esta jornalista foi à mostra acompanhada de seus dois filhos, um bebê e um adolescente. Ambos puderam aproveitar os espaços e gostaram muito. Portanto, quem quiser ir com crianças, vá sem medo, pois é para a família toda.

Benjamin na exposição Pequeno Príncipe
(Fotos: Clara Ribeiro Silva / DT)

A raposa, fiel escudeira do principezinho, a rosa, retrato da essência feminina, assim como demais personagens que destacam os valores humanos na obra mais famosa do autor, estão espalhadas pela exposição. A amizade, sem dúvidas, é a mais relembrada e frisada por Saint-Exupéry e isso fica bem claro durante a visita.

“É bom ter tido um amigo, mesmo que a gente vá morrer”, – Antoine de Saint-Exupéry

(Foto: Clara Ribeiro Silva / DT) Pegadas do Pequeno Príncipe
(Foto: Clara Ribeiro Silva / DT)

Há 80 anos, Antoine de Saint-Exupéry desaparecia no mar após seu avião ser abatido por piloto alemão na Segunda Guerra. Na exposição, aliás, há uma seção dedicada ao combatente de guerra que assumiu, anos mais tarde, que foi ele o responsável por abater o avião pilotado pelo escritor.

Serviço:

*A jornalista Clara Ribeiro Silva, do DIÁRIO, visitou a mostra Pegadas do Pequeno Príncipe a convite da Air France

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