Na obra “Pelé, o Rei Visto de Perto”, o jornalista Maurício Oliveira traz trechos inéditos de uma entrevista com o Rei e que mostram o lado humano do astro do futebol
A notícia da morte de Pelé, aos 82 anos, quando o ano de 2022 estava prestes a terminar, foi um abalo em todo o mundo. Tanto que a comoção em torno do maior astro que o futebol já viu deixou uma certeza: a de sua imortalidade.
Assim, o jornalista Maurício Oliveira faz um relato panorâmico da trajetória do Rei, acrescido de impressões e lembranças pessoais dos contatos que teve com ele. Tudo isso está na primeira biografia publicada após a morte de Edson Arantes do Nascimento, com o título “Pelé, o Rei Visto de Perto.”
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Dessa forma, o escritor, que é especialista em temas históricos e autor de mais de 30 livros, publica agora, no lançamento da Matrix Editora, trechos inéditos de uma entrevista feita com Pelé em 2013 para um projeto editorial. Também, o trabalho envolveu, na época, conversas com pessoas ligadas à trajetória do jogador que consolidou o futebol brasileiro e moveu uma legião de fãs.
Inclusive, Edson, o Dico, o homem simples e suas memórias, talvez seja desconhecido por muitos.
Pelé humano
Detalhes da conversa com Pelé afloram o ser humano, aquele que atende ligação do filho em frente ao jornalista e mostra firmeza ao negar um pedido. Tal qual o pai falando em relação às filhas fora do casamento e sobre as razões para não se relacionar com uma delas. Assim como o menino que treinou sem parar e aprendeu a usar ambas as pernas no futebol, dica do pai, Dondinho, também jogador, a quem admirava demais.
Ou ainda a criança culminada pela catapora no dia em que ganhou uma bola e chorou abraçada ao presente durante uma semana, até se recuperar.
“A primeira coisa que fiz ao encontrar Pelé foi transmitir esses recados. Eu disse que, quando as pessoas sabiam que eu iria encontrá-lo, sempre mandavam um abraço pro Pelé. ‘Não me pergunte como, mas até o Biro-Biro!’, completei, sorrindo. A resposta dele, em tom melancólico, me surpreendeu: – Pois é. Pro Pelé todo mundo manda abraço, mas pro Edson ninguém manda. Evidenciava-se, assim, a faceta dramática da célebre cisão de si mesmo em duas personas.” (Pelé, O Rei Visto de Perto, pág. 28)
Relato de amigos e ações brilhantes do jogador
A obra começa com o relato do ex-jogador Clodoaldo, o Corró, parceiro no Santos e na Seleção Brasileira. Ele relembra do respeito, carinho e atenção de Dico – apelido de infância de Edson -, com seus admiradores. Tanto que, durante toda a jornada, a humildade do Rei o acompanhou, pois sempre foi um jogador de grupo e sabia a importância da equipe.
“Algumas vezes, ao longo da vida, eu disse pra ele o quanto o amava e perguntei se ele tinha noção de tudo o que ele havia feito, se ele sabia o tamanho imenso que tinha para o mundo”, declara.
Dessa maneira, “Pelé, O Rei Visto de Perto” tem uma narrativa que desperta emoção mesmo em quem não teve a oportunidade de acompanhar a carreira dessa grande estrela do esporte.
Além disso, anonimamente, mostra por trás de obras voltadas à educação de crianças e ao amparo de idosos o homem comum em visitas a pacientes em hospitais, a pedido de amigos. Também, um retrato do homem que continuará a inspirar pessoas no mundo todo. Sendo assim, é o resgate da trajetória fenomenal do atleta reconhecido mundialmente.
Ficha técnica
Título: Pelé, O Rei Visto de Perto
Autor: Maurício Oliveira
Editora: Matrix Editora
ISBN: 978-65-5616-318-5
Formato: 16x1x23cm
Páginas: 160
Preço: R$ 40,00
Onde encontrar: Matrix Editora e Amazon.
Sobre o autor
Nascido em 1972, no Rio de Janeiro, o jornalista e escritor Maurício Oliveira é autor de mais de 30 livros, a maior parte sobre temas históricos. Como: Amores Proibidos na História do Brasil; Garibaldi, Herói dos Dois Mundos; Patápio Silva, o Sopro da Arte; e Toma Lá, Dá Cá – Como a troca de favores moldou a sociedade e o jornalismo no Brasil.
Também, é autor de diversos livros-caixinha da Matrix Editora, como Puxa-Conversa Futebol, Escrita Criativa e Exercícios de Virtudes (os dois últimos em parceria com Juliana De Mari). Ainda, tem mestrado em História Cultural e doutorado em Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
EDIÇÃO DO DT (CF) com agências.