Pesquisa aponta salário médio acima de R$2,7 mil para nível operacional em Turismo

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Pesquisa com apoio educacional do Senac São Paulo, indica estratégias de negócio, remuneração e benefícios para atração e retenção de talentos

Com o objetivo de fomentar uma maior transparência no setor e fornecer informações precisas para a elaboração de estratégias sustentáveis de remuneração, o Sindicato Patronal das Empresas de Turismo do Estado de São Paulo (Sindetur-SP), em parceria com a Celerh e o apoio educacional do Senac São Paulo, conduziu um estudo inédito sobre Remuneração e Benefícios no setor de Turismo. A pesquisa, que contou com a participação de 28 empresas do ramo localizadas em 20 estados do Brasil, englobou dados de 5.207 colaboradores, distribuídos em 134 cargos e funções diferentes.

A relevância do estudo não só ressalta a diversidade e complexidade do setor cujo Dia Internacional do Turismo será celebrado na próxima sexta-feira, dia 27 de setembro, mas também demonstra o potencial de crescimento e empregabilidade. Segundo o Ministério do Turismo, da Embratur e da Polícia Federal, o país recebeu mais de quatro milhões de turistas internacionais nos sete primeiros meses de 2024. O número é 10,4% superior ao resultado de 2023 e 1,9% maior quando comparado ao mesmo período em 2019, antes da pandemia.

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Segundo os resultados, os cargos de nível operacional predominam, representando 82,3% da força de trabalho, com um salário médio superior a R$ 2,7 mil. Essa constatação coloca o setor de turismo em posição competitiva em relação a outras áreas de serviços, como o telemarketing, cuja remuneração média é 30% inferior. As posições de supervisão e gestão, com salários médios de R$ 4,5 mil e mais de R$ 19 mil, respectivamente, reforçam a possibilidade de uma carreira sólida e ascendente dentro do segmento.

A coordenadora de desenvolvimento da área de turismo e hospitalidade do Senac São Paulo, Jessica Kobayashi Corrêa, destacou a importância estratégica dos dados revelados pelo estudo: “Estamos contribuindo para qualificar as políticas salariais do setor, que não são comumente compartilhadas no mercado. Esse estudo inédito revela que empresas que participam de pesquisas como essa demonstram abertura e vontade de aprender com os outros players do setor. O que mais chama atenção é a profissionalização crescente do turismo, um mercado que se preocupa não só com a competitividade, mas também com a qualidade de vida de seus colaboradores”, define.

Ainda segundo a coordenadora, um dos grandes desafios enfrentados pelo setor é a falta de mão de obra qualificada, destacando que apenas uma das empresas participantes possui uma universidade corporativa. “Esse dado evidencia a urgência das empresas em implementar políticas de treinamento mais agressivas, demonstrando aos colaboradores que há oportunidades de crescimento e desenvolvimento. O turismo, como setor de serviços intensivos, precisa de pessoas e pode ser um fator importante de atração e retenção de talentos”, complementa Jessica.

O estudo também revelou que 90,9% dos colaboradores possuem vale-refeição, e 83,6% contam com assistência médica. Além disso, 41,4% dos trabalhadores de nível operacional têm acesso à Participação nos Lucros e Resultados (PLR), com valor médio de aproximadamente R$5,6 mil, um sinal de que o setor está avançando na oferta de benefícios que fortalecem a retenção de talentos e a motivação dos profissionais.

Esses resultados indicam que o setor de turismo tem buscado melhorar sua atividade para aqueles que buscam não só estabilidade, mas também a possibilidade de crescimento em um ambiente que valoriza o bem-estar dos colaboradores.

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