Os resultados da 2ª Edição da Pesquisa “O Mercado de Eventos Associativos no Brasil” foi apresentada nesta terça-feira (17) em coletiva de imprensa em que o DIÁRIO se fez presente.
O estudo aconteceu em parceria entre a Unedestinos, Nesty Digital, Plataforma Eventos Associativos e o Grupo Conecta Eventos, com apoio da Embratur e de mais de 32 Organizações de Visitors e Conventions Bureaus de todo Brasil.
Por Clara Ribeiro, do DIÁRIO
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De acordo com os organizadores, tal estudo foi fundamental para compreender a evolução do mercado no período pós-pandemia, oferecendo insights importantes para o fortalecimento do setor.
A pesquisa reuniu informações valiosas que ajudarão a transformar o setor de eventos associativos, gerando mais impacto econômico e social, além de dados atualizados para você criar as suas estratégias.
Rodrigo Cordeiro, CEO da Nesty Digital e da Plataforma de Eventos Associativos, de Toni Sando, presidente da Unedestinos e de Cintia Hayashi, Coordenadora de Captação de Eventos Internacionais da Embratur, lideraram a coletiva que exaltou a importância dos eventos, não só associativos como corporativos também, para toda a cadeia do turismo.
Com a palavra: Toni Sando, presidente da Unedestinos e da SPCVB
Para Toni Sando, a recente análise é ideal para direcionar os próximos passos do mercado especializado.
“Trata-se de ferramentas de tomadas de decisão na hora de captar eventos. Tem todas as características próprias [do setor associativo], e os Conventions Bureaus atuam muito nesse segmento. Com dados e tendências registrados já vamos ter muita orientação para o ano que vem”
“Temos uma relação muito próxima com a Embratur, tendo oportunidades únicas que nunca tivemos na história, roadshows, etc. de forma integrada. Lembrando que a Unedestinos é antipartidária, não tem predileção política alguma. Juntos podemos construir um 2025 bem intenso”, garante Sando.
Compreensão do mercado
De acordo com Toni Sando, o propósito com esse estudo é saber como captar um evento associativo. Ele relembra que, às vezes, as corporações disputam entre elas o local de um evento, as datas, etc.
“É um trabalho de médio e longo prazo. Tendo uma leitura clara, quais são esses movimentos, quais profissionais estão demandando esses eventos, acabamos tendo uma compreensão melhor”, pontua o gestor.
Para ele, os hotéis, como principais associados, têm uma relevância grande. “Muitos hotéis conseguem atender essa grande demanda. O trabalho é ‘como se integrar de maneira mais profissionalizada”, reforça.
“A gente espera que os conventions possam entender essas tendências para trazer mais eventos, locais e internacionais, colocando o Brasil num peso de importância que sabem receber bem esses visitantes”, Toni Sando
Rodrigo Cordeiro, coordenador da pesquisa
CEO da Nesty Digital e da Plataforma de Eventos Associativos, Rodrigo Cordeiro é o responsável por gerenciar o estudo e também o novo consultor técnico da Unedestinos, eleito pela diretoria da organização.
“[A pesquisa foi um] Trabalho feito a muitas mãos. O resultado é fruto do empenho e dedicação de uma equipe e de 32 conventions bureaus”, inicia Cordeiro.
Segundo ele, por conta da falta de formação de mão de obra no mercado de eventos, as pessoas acabam sendo treinadas pelas próprias empresas. Assim viu a necessidade de criar uma plataforma: a Eventos Associativos.
“A ciência acontece nos eventos associativos. Grande parte da ciência do Brasil acontece nesses eventos. A gente enxerga congressos, simpósios, mas é a partir deles que se forma a ciência brasileira”, Rodrigo Cordeiro
O estudo captou 500 entidades, das quais somente 38 responderam a totalidade das questões. Cordeiro afirma que as organizações participantes não se concentram nas que atuam no setor médico. “Foram participantes de diversos segmentos. Representou de fato o significa o mercado de eventos associativos”, disse.
“Em uma visão resumida, havia dúvida de como estavam sendo os últimos anos para esse mercado. A existência dessas entidades. Passamos por uma transição de sociedade e passados 2021 e 2022, as pessoas voltam a procurar as entidades que representam os seus setores. As que têm credibilidade foram as casas procuradas pelas pessoas. De forma geral o setor está extremamente otimista. Crescimento e prosperidade é o que podemos esperar”, afirmou o executivo.
Otimismo
O otimismo das entidades foi destaque na pesquisa. O número de associados continua a aumentar ou se mantém estável, o que representa cerca de 93% das organizações participantes.
Mensalidade ou anuidade estão entre as principais fonte de receita, conclui a análise. Em seguida, há o resultado de congressos e feiras. Sendo assim, 90% das entidades afirmaram que permanecerão cobrando mensalidades nos próximos anos.
“Há entidades que realizam mais de 100 eventos, com dados interessantes, se redescobriram a partir da pandemia, como forma de reposicionar a associação. A partir da promoção de eventos conseguiram alavancar o mercado”, declarou Rodrigo Cordeiro.
Outubro é o mês que as entidades mais realizam eventos: maio outubro e novembro são quando ocorrem os maiores eventos dos mais variados formatos para manter sua comunidade engajada. Enquanto que Janeiro, Dezembro e Fevereiro são meses que o setor evita.
Outro ponto de destaque da pesquisa é a conclusão de que entidades que têm convênios com empresas e governos, que não são patrocínio, cresceram bastante.
As cidades mencionadas como principais sedes de eventos foram: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Campinas. 17% citaram destinos internacionais. Miami, Buenos Aires, Paris e Toronto.
“Realizar eventos da a ela [entidade] um poder de voz muito mais interessante. Não só para eventos associativos, mas também corporativos”, Rodrigo Cordeiro.
Após a divulgação dos resultados, a plataforma Eventos Associativos apresentará um e-book com todos os dados, com lançamento para esta quarta-feira (18).
Cinthia Hayashi, representante da Embratur
Também presente na coletiva, Cinthia Hayashi, que já foi da equipe do Visite São Paulo, é hoje coordenadora de Captação de Eventos Internacionais da Embratur.
Para ela, os resultados da pesquisa “vão auxiliar o Brasil na promoção internacional com todos esses parceiros”.
“A estratégia da Embratur na captação de eventos internacionais é apostar em Eventos Associativos, tema da pesquisa de hoje. [Esse tipo de evento] Impacta no turismo e em diversos setores. Temos um trabalho uníssono entre a Embratur e Unedestinos”, Cinthia Hayashi
“Olhando o cenário internacional, essa pesquisa é fundamental para obter informações e estatísticas para direcionar os conventions bureaus, secretarias e todas as organizações de eventos. Os impactos que geram na indústria vão direcionar a Embratur”, detalha a gestora.