Pesquisa revela melhoria do policiamento no centro de São Paulo

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Dados levantados pela Associação Comercial de São Paulo mostram que 72% dos comerciantes estão otimistas em relação ao futuro da região


EDIÇÃO DO DT com agências

Pesquisa realizada pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) em parceria com a Orbis Pesquisa revela que 54% dos comerciantes do Centro Histórico de São Paulo sentem melhoria do policiamento na região. Além disso, 72% dos entrevistados veem otimismo e uma expectativa de melhora no futuro do comércio na região.

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De acordo com nota enviada ao DIÁRIO, foram entrevistados 100 empresários locais. Desses, 33% são do segmento de roupas, seguido de 15% de alimentação, 11% de calçados, entre outros setores do comércio. Quando somados os setores de roupas, calçados e acessórios, esse número atinge 50% dos estabelecimentos da amostra.

Para esses empresários, a principal vantagem de ter seu comércio na região é o fluxo de pessoas que circulam pelo centro, que representa 71%. A localização também é outra vantagem enxergada pelos comerciantes locais, 13%. Segundo dados do Metrô de São Paulo, diariamente, passam pelas estações Sé, São Bento e Anhangabaú cerca de 600 mil pessoas.

Em relação a políticas públicas e incentivos fiscais, a maioria, 31% diz que não são eficazes. Porém, outros 27% acreditam que está melhorando um pouco e 22% diz que falta incentivo fiscal para a região. Para eles, é necessário haver mais zeladoria 49% e segurança 22.4%.

No quesito entretenimento, os comerciantes gostariam de ver mais feiras culturais, 34% e mais apresentações musicais na região 23%.

MASP, localizado na Avenida Paulista, em São Paulo (Crédito: DT)
MASP, localizado na Avenida Paulista, em São Paulo (Crédito: DT)

A pesquisa também ouviu frequentadores da região e 61.8% dos entrevistados disseram preferir comprar em lojas físicas, contra 25.3% que preferem comprar online. Esses números são bastante interessantes e mostram que as pessoas ainda optam por sair de casa para realizar suas compras. O segmento de roupas e calçados lidera no ranking de desejo de compras nos próximos meses, 44.4% escolheram essa modalidade.

Entre os entrevistados, 76% são de pessoas que circulam pela região a trabalho, 51% disseram que visitam o centro diariamente.

Os locais mais apreciados para atividades na região correspondem a compras 24.1%, seguido de centros culturais 15.7% e serviços como bares e restaurantes 12.7%. Somadas as atividades de compras em geral com a rua 25 de março, esse índice sobe para 30%. Quando perguntados sobre quais atrativos mais os incentiva a frequentar a região, 40.6% dos entrevistados revelaram que são os eventos culturais.

Praça da República, centro de São Paulo, visto do hotel Marabá (Crédito: Zaqueu Rodeigues)

O centro de São Paulo continua sendo referência quando o assunto é variedade e preço na hora de realizar as compras. Esse índice representa 40.4%. Já os que trabalham na região e frequentam o centro todos os dias representam 37.5%. O centro é o principal local de compras do comércio popular da cidade.

A segurança ainda é um ponto de atenção na região, 32.7% gostariam que a segurança melhorasse, seguido de limpeza 26.1% e o acolhimento de pessoas em situação de vulnerabilidade social 22.7%.

Iniciativas da ACSP

Com a proposta de incentivar o empreendedorismo, geração de emprego e renda na região do Centro Histórico de São Paulo, a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) criou a campanha #vemprocentro. Essa ação é um estímulo para potencializar os negócios na região, além de apresentar aos paulistanos e turistas um lado da cidade que já foi palco do desenvolvimento econômico.

Alicerçada pela ACSP, essa campanha envolve o incentivo à ocupação de espaços públicos para a realização de eventos culturais, artísticos e gastronômicos. Resgatar o Centro Histórico de São Paulo é um trabalho de sustentabilidade para enfrentar os muitos problemas econômicos, urbanos e sociais dessa metrópole que acolhe e abraça a todos que aqui chegam e àqueles que por aqui passam.

“Essa região da cidade possui características essenciais para impulsionar o país para um crescimento sustentável, com benefícios para toda a sociedade. Por isso, criamos a campanha #vemprocentro, como forma de atrair a população para não somente passar pelo centro e sim para frequentá-lo e usufruir dos diversos serviços disponibilizados por aqui”, comenta Roberto Mateus Ordine, presidente da Associação Comercial de São Paulo.

Vale do Anhangabaú (Foto: MTur)

É de extrema importância a realização de políticas de incentivos fiscais e tributários para empreendedores da região. Outro ponto de atenção para o resgate do Centro Histórico de São Paulo é a pauta que engloba segurança, transporte, infraestrutura e trabalho. Já o Triângulo Histórico formado por 25 ruas, entre elas, as mais conhecidas como Rua Direita, Rua 15 de Novembro e Rua São Bento, é um dos locais mais movimentados do Centro Histórico, cuja proposta é transformar o local em um shopping a céu aberto para atrair mais comerciantes, consumidores e moradores.

Há muito o que ainda ser feito para resgatar do Centro Histórico de São Paulo, mas a Associação Comercial de São Paulo está engajada nessa causa não apenas com a campanha #vemprocentro como também por meio de seus dois projetos sociais, o Acolher, que consiste em um espaço para alimentação, higiene, lavagem de roupas e assistência social e o Qualifica Já, iniciativa que tem como objetivo resgatar a dignidade humana por meio de qualificação profissional gratuita na área da construção civil. Ambos os projetos têm como proposta atender pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Como é possível notar, a ACSP por meio de suas iniciativas tem colaborado de forma sistêmica com o poder público para revitalizar a região.

Retrofit

Incentivar a moradia e movimentar a economia local também faz parte do projeto de revitalização do Centro Histórico de São Paulo. Para isso, o retrofit, projeto desenvolvido pela Prefeitura de São Paulo, vai subsidiar R$ 1 bilhão para empresas do setor imobiliário que investirem em reformas e modernização de edifícios nessa região. Esse subsídio pode ser de até 25% do valor das despesas das obras, que serão pagos pela prefeitura.

A conclusão dessa pesquisa é de que o empresário se sente mais seguro, enquanto que para o frequentador ainda prevalece o receio de circular pela região.

A maior cidade da América do Sul e da América Latina, São Paulo, com 12,2 milhões de habitantes precisa recuperar seu centro histórico e trazer vida para a região. O centro de São Paulo está em transformação e esse cenário é propenso para isso, ou seja, resgatar o centro e fazer dele um local seguro, com infraestrutura para trabalho, serviços e lazer.

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