A Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo divulgou nesta quarta-feira (20) um diagnóstico da percepção de moradores de 183 municípios turísticos paulistas sobre os benefícios e prejuízos da atividade turística em sua região.
EDIÇÃO DO DIÁRIO com agências
A análise, inédita, com 11.252 respostas mostrou que a maior parte dos moradores acredita que o turismo beneficia a economia do município (94,2%), gera empregos (91,2%), ajuda a preservar a cultura (85%) e contribui positivamente com a qualidade de vida dos habitantes (84,4%).
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“As autoridades devem incluir a opinião da população que mora em municípios turísticos nas suas políticas de desenvolvimento”, diz o secretário de Turismo do estado de São Paulo, Vinicius Lummertz. “É nosso papel conhecer os impactos e ampliar os ganhos do turismo”, afirma. Os dados foram analisados por região e município turístico e estarão disponíveis nos próximos dias a 210 prefeituras do estado, cujas economias e vocações têm uma relação muito forte com a atividade.
Se por um lado os moradores da estância turística de Ubatuba destacam os benefícios econômicos do turismo (89,03%) para o município, também se queixam da dificuldade de encontrar imóveis (96,51%) e do trânsito causado pelos visitantes no período de alta temporada (96,51%). Algo parecido acontece com Paraibuna, cujos habitantes reconhecem os ganhos financeiros com a movimentação do comércio e dos serviços (96,45%), mas se incomodam com a falta de oferta imobiliária (19,39%) e o grande volume de veículos na cidade (28,93%).
Os dados produzidos pelo Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET) da Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo (SETUR SP), apresentam um nível de confiança de 95%, com margem de erro de 0,92%, e devem servir de base para a nova gestão das prefeituras de São Paulo, uma vez que chegam no primeiro mês de mandato dos prefeitos e prefeitas eleitos.
A pesquisa teve início em 24 de novembro de 2020 e foi finalizada em 08 de janeiro de 2021. Do total de participantes, 57,5% são do gênero feminino, 41,8% são do gênero masculino e 0,7% optaram por não informar. A maioria tem de 30 a 39 anos (24,9%), de 40 a 49 anos (24,1%) ou de 50 a 59 anos (18,4%).
Do total de entrevistados, 37,8% possuem nível superior completo, 25,6% possuem pós-graduação, 18,9% possuem o ensino médio e outros 17,7% possuem o ensino básico, fundamental ou superior incompleto. A pesquisa também destacou que 33,6% têm renda familiar de até três salários-mínimos, 23,3% têm renda familiar maior que três e menor que cinco salários-mínimos e 43,1% têm renda familiar acima de cinco salários-mínimos.