Plano de subsídio aéreo põe em risco US$ 1,87 bi, diz Azul

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A Azul, única companhia aérea brasileira que utiliza aviões da Embraer, está ameaçando cancelar um pedido de US$ 1,87 bilhão caso os legisladores aprovem o mais recente plano para subsidiar voos para cidades pequenas.

O plano de aviação regional proposto é “um subsídio ruim”, disse o presidente da Azul, Antonoaldo Neves, afiando as críticas da companhia ao programa que ela antes apoiava.

A medida revisada, que será votada neste mês, já não é um impulso tão significativo para a Azul ou para a Embraer, cujos modelos têm menos lugares do que os aviões da Boeing Co. e da Airbus Group NV.

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“Para atender cidades de rotas regionais é necessário ter aviões pequenos”, disse Neves em entrevista por telefone. “Esse subsídio provoca uma distorção: utilizar aviões não regionais em mercados regionais”.

A briga sobre o programa regional gira em torno de como os subsídios deveriam ser distribuídos dentro da proposta de R$ 500 milhões (US$ 195 milhões).

O plano inicial propunha subsidiar a metade dos assentos em um voo determinado, até um limite de 60, o que ajudava companhias como a Azul, que possuem modelos compactos da Embraer. Agora, o limite de 60 lugares foi retirado, o que significa que as empresas com modelos maiores também poderiam receber o subsídio.

A Azul Linhas Aéreas Brasileiras SA, empresa de capital fechado comandada pelo fundador da JetBlue Airways Corp., David Neeleman, aprofundou os vínculos com a Embraer, com sede em São José dos Campos, São Paulo, através de um acordo assinado em julho para a compra de 30 unidades do modelo atualizado E2, da categoria de 100 assentos.

Estímulo para a Embraer?

A Gol Linhas Aéreas Inteligentes SA, a unidade TAM da Latam Airlines Group SA e a Avianca Brasil também disseram que estavam analisando a compra de modelos da Embraer antes do programa regional.

O senador Fernando de Souza Flexa Ribeiro, que apoiou as modificações na lei de aviação regional, disse na semana passada que elevar o limite de lugares subsidiados abriria o programa a mais forças do mercado. Segundo ele, a lei não deveria definir o tipo de avião que será subsidiado.

 

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