O poder avassalador das redes sociais, a análise a respeito do envelhecimento da população e a lucidez nas decisões, tanto pessoais como corporativas, fizeram parte da reflexão, defendida na manhã deste sábado (8), pelo filósofo e escritor Luiz Felipe Pondé.
Cecília Fazzini, especial para o DIÁRIO*
A fala, do também colunista do jornal Folha de São Paulo, teve lugar no Meeting do 37º. Festuris – Gramado, evento que encerra as atividades no Palácio dos Festivais e convidou à um modo mais independente do pensamento sob o tema “’Como Imaginar o Futuro Sem Guru?”.

Sem Juízo de Valor
Preocupado em não transmitir à atenta plateia qualquer juízo de valor, Pondé se debruçou sobre evidências que cercam o modo de viver da atualidade, com queda sensível na taxa de natalidade e o papel da mulher que, atualmente, longe do ideal de ter filhos e constituir família, opta por ser protagonista de sua própria história e consequente modificado estilo de vida, como a prioridade por viajar.
Em sua abordagem filosófica, Pondé declinou sobre o perfil populacional, com alta e progressiva taxa de envelhecimento. E constatou, perante profissionais que atuam no segmento de viagens, que a leitura sobre o público alvo no mercado se encontra sistematizada em duas vertentes: ou você produz riqueza ou você consome. Dissertou sobre a disputa de poder e o peso das mídias sociais no comportamento das pessoas, que têm em seus primórdios o surgimento da imprensa e de movimentos religiosos como a transmissão das escrituras sagradas para o vernáculo, feita por Lutero.
Multiplicidade de Teorias
No entender do filósofo, a multiplicidade de teorias e radicalização tem recebido reforço preocupante da Inteligência Artificial com um arsenal incontrolável de informações viralizadas. Foi categórico ao afirmar que não existe consciência política e deu seu toque principal que indica que quanto menos se seguir gurus haverá maior lucidez nas decisões.




