por Paulo Atzingen (de Valdívia, Chile)*
Guillermo Correa, presidente da Associação Chilena de Empresas de Turismo (Achet) apresentou na manhã desta segunda-feira (3), em Valdivia, centro sul do Chile, uma palestra denominada “Escenário actual de La Indústria del Turismo e los viajes”.
Por meio dos gráficos apresentados por Correa, a partir de 2017 o Chile iniciou uma retomada econômica, o que o distingue de todos os demais países do Conesul. “De acordo com a variação trimestral a recuperação de países desenvolvidos continuará em 2018. Os Estados Unidos consolidará seu crescimento, a zona do Euro crescerá, mas lentamente, o Chile demonstra um impulso desde 2017 e segue crescendo. A única ameaça que pode interferir nesse crescimento é o eminente embate entre Estados Unidos e China”, arriscou o dirigente.
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Correa lembrou que a Achet através de suas agências e operadores, representa 90% aproximadamente de todas as viagens e pacotes turísticos que se comercializa no país através dos canais de distribuição.
Um gráfico muito importante apresentado por Correa foi o movimento de passageiros aéreos tanto nacional quanto internacional, com crescimento exponencial na última década. Em 2007, o movimento de passageiros aéreos (chegadas e saídas) era de 4.91 e 4.10 milhões de passageiros (nacional e internacional), respectivamente. Em 2017 os números quase triplicaram nos voos domésticos (11.6 milhões) e mais que dobrou nos voos internacionais (10.7 milhões).
Um dos últimos gráficos apresentados pelo presidente dizia respeito da chegada de turistas internacionais ao Chile nos últimos quatro anos. Se em 2014 o país da Cordilheira dos Andes recebeu 3.6 milhões de turistas, em 2017 o Chile recebeu 6.4 milhões. “O tráfego de passageiros de janeiro a junho deste ano já chega a 5.5 milhões, o que representa um crescimento de 7% em relação ao mesmo período do ano passado”, afirmou Correa, acrescentando que o Chile tem um alto tráfego de passageiros per capta comparados a outros países da América do Sul.
Questões desafiadoras
Na segunda parte de sua apresentação, Guillermo apresentou algumas questões desafiadoras ao mercado corporativo do turismo. Falou da conectividade e da revolução digital que estamos atravessando. “Estamos preparados para esta revolução? Os novos tempos requerem eficiência, conectividade, baixo custo, mas, mais do que isto”, afirmou citando uma frase de David Rogers, da Columbia University, USA: “Não é fundamentalmente a respeito de Tecnologia, é a respeito de estratégia, seguramente é preciso um upgrade na arquitetura da Tecnologia de Informação,, mas o mais importante é uma mudança de pensamento estratégico para reimaginar e reinventar o negócio em si mesmo”.
E finalizou afirmando que é preciso mais que TI e enumerou alguns elementos importantes na gestão das novas empresas, como: nova forma de prestar serviços, nova forma de comunicar-se com o usuário, transformação cultural da empresa acompanhando a transformação do mercado de trabalho e das competências profissionais.
*O jornalista Paulo Atzingen viajou a Valdivia (Chile) convidado pela Achet