Realidade virtual e aumentada são dois termos que têm sido frequentemente vistos por aí. Porém, apesar da semelhança do nome, as duas tecnologias possuem características bem distintas. Quer entender melhor as diferenças? Então, vamos lá!
EDIÇÃO DO DIÁRIO e agências.
A Realidade Aumentada é a integração de elementos ou informações virtuais no mundo real. Teve seu início na década de 1950 com o cineasta Morton Heilig, que idealizou o “sensorama” para dar uma nova dimensão aos sentidos. Esta tecnologia foi aplicada inicialmente no campo do teatro e, posteriormente, adaptada ao cinema. O “sensorama” ou cinema 4DX brincava com os diferentes sentidos, desta forma, o espectador via imagens em um ângulo maior e ao mesmo tempo com som estéreo e intervenção de aromas. Tudo isso proporcionava um efeito multiplicador, ou seja, uma realidade aumentada.
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Atualmente, um dos principais campos de aplicação da Realidade Aumentada é a publicidade, já que propõe que o consumidor interaja com o produto e o perceba de maneira mais próxima. Esta tecnologia apresenta grandes possibilidades e pode mudar o futuro em muitos aspectos da vida. Já existem projetos muito avançados relacionados às novas formas de ver televisão, como também na decoração, engenharia ou medicina.
Exemplos de aplicação da Realidade Aumentada: a popularização da tecnologia se deu com a chegada do Pokémon Go, jogo que permite que você veja, fotografe e capture as famosas criaturinhas do desenho em vários lugares pela cidade. O Nintendo 3DS também oferece jogos com esse conceito, colocando, por exemplo, alvos na sala da sua casa para você destruir. Outro exemplo da realidade aumentada são os filtros do Snapchat e do Instagram Stories, que sobrepõem animações à visualização original da câmera do celular. Uma possibilidade que vem sendo estudada é equipar os carros com essa tecnologia, para que seja possível projetar informações de trânsito diretamente no para-brisas.
Já a Realidade Virtual é uma tecnologia de interface capaz de enganar os sentidos de um usuário, por meio de um ambiente virtual, criado a partir de um sistema computacional. Ao induzir efeitos visuais, sonoros e até táteis, a realidade virtual permite a imersão completa em um ambiente simulado, com ou sem interação do usuário.
Exemplos de aplicação da Realidade Virtual: um corretor de imóveis pode oferecer ao cliente uma visita ao interior de um imóvel que está a quilômetros de distância da imobiliária via óculos de realidade virtual. Outro exemplo são as simulações de montanha-russa, automobilismo e práticas de esportes radicais em realidade virtual, que podem oferecer ao cliente o frio na barriga que viria com a experiência com a segurança de uma poltrona confortável.
Soldados norte-americanos, por exemplo, fazem exercícios de treinamento em ambientes simulados – muitos deles estão imersos em realidade virtual. Além disso, durante o desastre ambiental na cidade de Mariana, alguns fotógrafos registraram as cenas com 360º, para que o público pudesse ver os estragos depois com a ajuda da tecnologia. Assim como nesse caso, vídeos e fotos podem ser usados para que os espectadores acompanhem uma transmissão em realidade virtual caminhando pela cena da notícia, seja ela onde for, e pesquisadores da Universidade de Louisville testaram a realidade virtual no tratamento de doenças relacionadas a ansiedade, expondo os pacientes aos seus medos com segurança para poder livrá-los das fobias e estudantes de medicina já estão sendo treinados fazendo cirurgias em ambiente virtual, para que tenham mais segurança no momento da cirurgia real.
Possibilidades, para ambas as tecnologias, não faltam!
*Fabio Costa é CEO da agência Casa Mais, pioneira em realidade virtual e especializada em realidade aumentada.