A Infraero divulgou na sexta-feira (27), no Diário Oficial da União, o Relatório da Administração 2014 com os principais números da empresa relativos ao ano passado.
Há dois cenários a serem considerados nesta análise: um em que constam os aeroportos do Galeão (RJ) e de Confins (MG), transferidos para a iniciativa privada em agosto de 2014, e outro sem a participação desses terminais.
Com os resultados de Galeão e Confins até agosto
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A receita bruta da Infraero foi de R$ 3 bilhões, sendo R$ 1,6 bilhão de receitas operacionais (tarifas de embarque, conexão, pouso etc.) e R$ 1,4 bilhão de receitas comerciais (concessão de áreas, terminais de carga etc.), o que representa 3,4% de redução em relação ao registrado em 2013, que foi R$ 3,1 bilhões.
As despesas somaram R$ 925,7 milhões (0,8% de redução em relação a 2013), e o resultado operacional foi de R$ 58,9 milhões, representando redução de 38,5% em relação a 2013. Após a contabilização dos investimentos realizados em imóveis da União, apurou-se prejuízo líquido R$ 2,1 bilhões, inferior ao verificado em 2013, de R$ 2,8 bilhões.
Em relação ao movimento operacional, foram contabilizados 131,6 milhões de embarques e desembarques de passageiros, número 3,1% menor ao registrado em 2013. Em pousos e decolagens, foram registradas 2,1 milhões de operações em 2014 ante 2,3 milhões em 2013.
Em 2014, a empresa investiu R$ 2,2 bilhões na infraestrutura aeroportuária, sendo R$ 1,4 bilhão em empreendimentos e equipamentos que integram o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), R$ 760,3 milhões na integralização do capital social das concessionárias dos aeroportos de Brasília (DF), Guarulhos (SP), Campinas (SP), Galeão (RJ) e Confins (MG).
Para a realização desses investimentos, a Infraero contou com aportes do Governo Federal na ordem de R$ 1,7 bilhão.
Sem os aeroportos concedidos
Sem considerar os resultados dos aeroportos do Galeão e de Confins, a receita bruta foi de R$ 2,5 bilhões, sendo R$ 1,4 bilhão de receitas operacionais e R$ 1,1 bilhão de receitas comerciais – crescimento de 7,8% em relação aos R$ 2,3 bilhões contabilizados em 2013. As despesas somaram R$ 925,7 milhões (redução de 0,8% em relação a 2013). Neste cenário, o resultado operacional da empresa foi negativo em R$ 267 milhões; em 2013, o prejuízo havia sido de R$ 379,5 milhões.
Excluindo os terminais do Galeão e de Confins, os aeroportos da Rede Infraero realizaram, em 2014, 112,8 milhões de operações de embarques e desembarques, número 6,5% maior que o registrado em 2013 – 105,9 milhões de embarques e desembarques. Em pousos e decolagens, foram registrados 1,9 milhão de operações em 2014 ante 2 milhões em 2013.