Queda do IOF incentiva viagens para outros países e uso de meios práticos de pagamento, como os cartões pré-pagos
EDIÇÃO DO DT com agências
De acordo com dados divulgados pela Organização Mundial de Turismo das Nações Unidas (OMT), o turismo internacional crescerá 15% em 2024 em relação ao ano passado. A previsão também indica que 2024 ultrapassará os níveis de 2019 em 2%. Após o turismo internacional terminar 2023 a 88% dos níveis pré-pandêmicos, com cerca de 1,3 bilhão de chegadas internacionais, a OMT enxerga 2024 como ano de recuperação plena pós pandemia.
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De acordo com nota enviada ao DIÁRIO, os brasileiros que gastarem em moeda estrangeira fora do Brasil terão uma cobrança menor esse ano, pois o imposto sobre operações financeiras (IOF) no crédito para a conversão da moeda estrangeira diminuiu: de 5,38% foi para 4,38%. A redução do IOF entrou em vigor em 2022, ele é reduzido em um ponto percentual a cada ano e deve ser extinto até 2028. O IOF sobre o papel moeda continua em 1,1% e deve ser zerado também até a mesma data.
As compras internacionais em cartão de crédito, seja para quem está em outro país ou para quem compra pela internet do Brasil, usam esse imposto menor.
Segundo especialistas da Western Union, empresa de serviços globais de pagamento e remessas internacionais, essa redução do IOF é positiva, pois poderá incentivar o gasto do exterior e o poder de aquisição do brasileiro já que a redução faz parte plano do governo para zerar IOF até 2028, seguindo o seguinte calendário:
4,38% a partir de 2 de janeiro de 2024;
3,38% a partir de 2 de janeiro de 2025;
2,38% a partir de 2 de janeiro de 2026;
1,38% a partir de 2 de janeiro de 2027;
Zero a partir de 2 de janeiro de 2028.
Cartão pré-pago
A casa de câmbio localizada no Órion Shopping, no Setor Marista, em Goiânia, atua com vários serviços que sofrem interferência do imposto, como transferência internacional, vendas de moedas estrangeiras, seguro viagem e cartão pré-pago. Sobre este último, a empresa destaca que uma vantagem sobre o cartão de crédito próprio é que o cliente sabe no momento da compra qual é a taxa de câmbio aplicada, podendo se programar para comprar em um momento de baixa da moeda. Outra vantagem é a possibilidade de carregar até seis moedas diferentes dentro do mesmo cartão.
Segundo especialistas da casa de câmbio, ao comprar o pré-pago o cliente paga o imposto sobre o valor que é colocado como saldo. Antes do aumento do IOF as pessoas usavam muito esse tipo de cartão, mas depois esse uso caiu drasticamente, mesmo sendo uma opção que permite mais praticidade e segurança, até mesmo para casos de perda ou roubo. Com a redução do imposto, a tendência é que as pessoas voltem a utilizá-lo mais.