Liga esperava receber R$ 26 milhões, mas valor caiu para R$ 13 milhões. Reunião entre o prefeito e organizadores deve ocorrer na próxima semana
Por G1
Secretaria de Turismo do Rio, a Riotur, informou por meio de nota, nesta sexta-feira (16), que o repasse às escolas de samba para o carnaval de 2018 será de R$ 13 milhões. O valor corresponde a metade do previsto, que inicialmente era de R$ 26 milhões, já que em 2016, cada uma das escolas recebeu R$ 2 milhões dos cofres públicos
Após o anúncio da redução do patrocínio, a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) respondeu que a mudança inviabilizaria os desfiles. Apesar disso, a RioTur afirmou nesta sexta que o “Carnaval do Rio está garantido”.
De acordo com a Riotur, o remanejamento da verba também foi adotado em outros órgãos e contratos da administração municipal.
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“Diante da crise, deve-se priorizar o que é essencial e nesse momento aplicar recursos na educação e na alimentação das crianças nas creches é primordial”, afirma o documento.
‘Vou manter’, disse Crivella em 2016
Na campanha de 2016, ainda candidato à prefeitura do Rio, Marcelo Crivella afirmou que ia manter o apoio às escolas de samba. “Eu vou fazer parcerias com as escolas e fazer o mesmo que tem sido feito ao longo dos anos”, disse.
O G1 pediu ao prefeito um posicionamento sobre a promessa de campanha, mas obteve a resposta de que ele está em viagem oficial na Holanda. Em nota (veja íntegra abaixo), informou ainda que haverá um encontro com a Liesa no início da semana que vem.
Na entrevista de agosto do ano passado, o então candidato Crivella respondia a uma pergunta sobre a garantia dos direitos das minorias.
“Pode ter certeza que toda expressão democrática das minorias será garantida, terá apoio da prefeitura. Não vamos de maneira nenhuma ser um prefeito arrogante, senhor das próprias ideias. A Parada Gay, por exemplo. As pessoas acham que vou coibir e acabar com a Parada Gay. A Parada Gay tem recursos públicos, é preciso segurança, é preciso de limpeza. Tudo isso terá. É uma expressão democrática da minoria e tem que ser respeitado. A mesma coisa o Carnaval. O Carnaval vai ser respeitado”, diz ele.