Em visita ao DIÁRIO DO TURISMO nesta quarta-feira (21), o diretor Comercial do Paradise Golf & Lake Resort, Ricardo Aly, informou que o empreendimento encerrou o ano 2014 com um descimento de 20% em ocupação, o que culminou em um faturamento recorde. Em 2015, o executivo prevê uma ampliação no volume de negócios em 15%, amparado por metas arrojadas e novas estratégias comerciais. Confira:
DIÁRIO – Quando se fala em faturamento recorde, isso é originário principalmente de público corporativo, de lazer, dos eventos? Como você classifica esse faturamento?
RICARDO ALY – Estou completando um ano à frente do resort. Quando assumi ele tinha uma perspectiva de 85% de faturamento do público de eventos e 15% de lazer. A gente conseguiu dobrar no ano de 2014 para 30% da fatia de lazer e 70% correspondente a eventos. Isso em função de todo o calendário que impactou a área de eventos no ano passado: Carnaval tardio, Copa do Mundo, Eleições, fizeram com que houvesse um incremento na área de lazer.
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DIÁRIO – Em um ano, o que mais te deixou entusiasmado à frente da direção comercial de seu empreendimento?
RICARDO ALY – Foram os desafios a que o Paradise me levou e a perspectiva dos investidores de retomar a gestão do empreendimento. Em termos de trabalho, realmente a Copa teve uma importância grande para todos os profissionais adquirirem um know how e começamos a trabalhar muito forte no segmento dos esportes. Tanto é que levamos logo em seguida a seleção de vôlei masculina do Japão e, posteriormente, a Copa Danone, Copa das Nações de Futebol, com 520 crianças durante cerca de uma semana e o campeonato de golfe da Turkish Airlines fechando esse calendário. Então, esses eventos foram incorporando nosso conhecimento e o faturamento também, uma coisa foi ligando a outra.
O grande legado da Copa propriamente dita foi o legado profissional em primeiro lugar e o legado para a marca. A marca abriu uma visibilidade muito alta em todo tipo de mídia, tanto televisiva, rádio, impressa e web.
A gente fecha um ano muito feliz, batendo o recorde de faturamento da empresa em 15% em relação a 2013 e 5% acima do nosso orçamento previsto em um ano de dificuldade para muitos fornecedores no turismo.
DIÁRIO – Pode dizer em números totais quanto foi esse crescimento?
RICARDO ALY – Em receita não, mas em termos de crescimento a gente sempre usa como base o ano de 2011, que foi o ano áureo da década para o turismo e hotelaria, que até então tinha sido o maior faturamento da empresa, e crescemos, em uma forma percentual em relação a 2011, cerca de 30%.
DIÁRIO – Ricardo, vocês têm uma previsão de ampliação em volume de negócios em 15%. Esses negócios se restringem às atividades de hóspedes, eventos, como funciona isso?
RICARDO ALY – Na verdade, o resort está em um processo de repaginação, tanto na área de eventos como de lazer, mas a gente acredita que com esses dez feriados em 2015 vêm incrementar bastante as nossas receitas. Isso fez com que a gente recriasse a área de lazer com uma estrutura própria que chega até, as vezes, 50 profissionais para atender datas específicas. A gente quer, cada vez mais, transformar nosso resort em uma experiência única tanto gastronômica quanto de lazer, utilizando inclusive nosso campo de golfe.
DIÁRIO – Perspectivas apontam que o dólar vai permanecer alto e que o turismo interno será o destaque. O dólar pode induzir o turista para destinos domésticos e ele preferir um resort no interior ao invés de viajar para o exterior?
RICARDO ALY – Até o ano passado essa perspectiva foi meio contrária, porque o dólar subiu e as viagens internacionais cresceram. Obviamente, o cenário que está sendo previsto é que o câmbio mais alto favorecerá o crescimento do turismo interno e o resort será impactado positivamente com isso.
Quanto a esse cenário, pontualmente eu não consigo avaliar qual será. O que eu sei é que, como eu tenho dito, se houver choro, a gente quer vender lenço. A gente quer buscar oportunidades, como buscamos de uma forma muito inteligente em 2014. Posso citar o crescimento dos eventos na área automotiva, a Ford fez o maior evento da história da companhia no Brasil. Um evento de dois meses com cerca de 8 mil pessoas, uma mega produção, tivemos o lançamento de ônibus articulados, motos, carros, caminhões. Então buscar os nichos explorar o que a gente tem indoor e outdoor para eventos mais criativos, inusitados, onde as empresas conseguem fazer incentivos sem precisar sair do Brasil.