Rio de Janeiro, Segurança e Turismo

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Uma das idéias é a retomada do Conselho Estadual de Segurança Turística, que já funcionou muito bem

por Bayard Do Coutto Boiteux* (com edição do DT)

Um dos grandes, senão o maior problema do Rio de Janeiro é a segurança, que acaba afetando não só a população mas sobretudo a imagem da” Cidade Maravilhosa”, já tão desgastada com os problemas das chuvas, febre amarela, falta de priorização do turismo, entre outros.

Não há como resolver repentinamente a frágil situação que o Rio passa no tocante a inexistência de políticas públicas de segurança,  mas temos que buscar soluções a médio prazo, que permitam a sobrevivência da atividade Turística. Sinceramente, não me parecem tão complexas e tão difíceis de resolver. Basta vontade e comprometimento. Uma delas é a retomada do Conselho Estadual de Segurança Turística, que funcionou muito bem, embora criado informalmente com reuniões periódicas envolvendo a cúpula de segurança e as entidades de Turismo. Ali foram discutidas ações com as informações de eventos e das operações de receptivo que resultaram em um trabalho conjunto, profícuo em prol do Rio turístico.

Por outro lado, o batalhão de policiamento das áreas turísticas tem que ser ampliado, no sentido de dobrar pelo menos seu contingente, que deve estar presente em todas as áreas turísticas do Rio e dos municípios turísticos. O policiamento ostensivo, com policiais devidamente qualificados para atender o turista é algo que ajuda muito na percepção positiva da cidade. E claro que a interação com a guarda municipal e seu grupamento de turismo pode trazer resultados ainda melhores. Junto com o policiamento citado, devem ser retomados os programas de incentivo às forças de segurança turística, com premiações semestrais através de viagens para integrantes das forças de segurança que tenham se destacado. Um trabalho que só pode nascer de uma parceria com os agentes de viagens, organizadores de eventos e hoteleiros.

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Capacitação das forças de segurança

A capacitação das forças de segurança com cursos de extensão de pelo menos 50 horas/aula e de idiomas em conjunto com os Consulados do Rio, que possuem institutos de idioma contribuiria também para a motivação dos integrantes e o surgimento de uma tropa de elite turística. Se na formação primeira dos policiais militares, civil, bombeiros e guardas municipais fosse incluída uma disciplina introdutória de Turismo chegaríamos a um estágio de excelência. A Associação dos Embaixadores de Turismo do RJ se dispõe a cuidar de tal programa de capacitação, buscando inclusive junto com as autoridades, parceiros que viabilizem financeiramente os treinamentos.

São apenas algumas sugestões, mas o ideal é a criação de um plano de segurança Turística para o Rio de Janeiro, aproveitando a intervenção federal atualmente em curso e que terá recursos para novas atividades. O plano seria elaborado pela PM, Policia civil, Policia Federal, Guarda Municipal, ABaV, ABIH, Abeoc, Bito, entre outros com a presença de especialistas e acadêmicos. Devo confessar que deixaria uma marca fundamental para o Turismo e poderia ser um case de sucesso para o Brasil.

De mãos atadas não vamos ficar. Vamos plantar sementes, ideias e conseguir com certeza um feito histórico, na retomada de um grande projeto de segurança turística.

 Bayard Do Coutto Boiteux é vice-presidente executivo da Associação dos Embaixadores de Turismo do RJ e presidente do Portal Consultoria em Turismo.(www.bayardboiteux.com.br)

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