Romênia e Bulgária celebram adesão plena ao Espaço Schengen: novo capítulo para o Leste Europeu

Após 13 anos de expectativa, Romênia e Bulgária ingressaram plenamente no espaço Schengen nesta quarta-feira, 1º de janeiro de 2025, eliminando as barreiras para a livre circulação de pessoas por vias terrestres e aéreas. Este marco histórico simboliza uma conquista crucial para os dois países do leste europeu, consolidando sua integração no cenário europeu.

REDAÇÃO DO DIÁRIO com informações da agência AFP

Embora controles em aeroportos e portos já tivessem sido removidos em março de 2024, foi apenas em dezembro que ambos receberam o aval para integrar as fronteiras terrestres ao espaço Schengen, algo comemorado com cerimônias à meia-noite nas passagens fronteiriças. O primeiro-ministro romeno, Marcel Ciolacu, descreveu o momento como “o maior sucesso de 2024”.

A adesão simboliza o fim de uma longa espera desde 2011, quando os países já atendiam aos critérios técnicos necessários. No entanto, objeções de membros da União Europeia adiaram o processo, alimentando ressentimentos entre as populações locais. Para o analista Valentin Naumescu, a conquista alivia o sentimento de tratamento desigual e reforça a sensação de pertencimento à UE.

Apoio Econômico e Transformação Social

Com a inclusão, 25 dos 27 países da UE, além de nações como Suíça, Noruega e Islândia, compõem o espaço Schengen, beneficiando mais de 400 milhões de pessoas. A economia local deve colher frutos significativos. Projeções indicam um aumento de pelo menos 1% no PIB da Romênia e da Bulgária, enquanto transportadores rodoviários celebram o fim das esperas que antes chegavam a 20 horas nas fronteiras.

No turismo, o impacto já é aguardado com entusiasmo. Graças à agilidade nas viagens, destinos como a Grécia se tornam mais acessíveis, atraindo visitantes romenos e búlgaros.

A adesão só foi possível após Viena, anteriormente resistente, retirar seu veto em maio, mediante um acordo para reforçar a vigilância nas fronteiras externas, como a da Bulgária com a Turquia. A medida busca equilibrar os fluxos migratórios e a segurança regional.

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