Em uma iniciativa inédita em todo o país, Salvador cria roteiros de afroturismo e disponibiliza guia com experiências afrocentradas para fomentar o turismo e a cultura local
Salvador, a primeira capital do país e que está prestes a completar 474 anos, toma a iniciativa e se torna a primeira cidade no Brasil a buscar um lugar de destaque dentro do segmento de afroturismo nacional e internacional.
Na capital baiana, a Prefeitura local criou o projeto Salvador Capital Afro, que tem o objetivo de posicionar a capital como referência neste segmento por meio da valorização das manifestações culturais. Além de valorizar o potencial criativo, a força das tradições e o incentivo ao black money.
Dentro do projeto, organizou-se um comitê especializado — o Grupo de Trabalho do Afroturismo — formado por profissionais de referência do setor. Como, por exemplo, Antonio Pita, Tânia Neres, Nilzete Santos, entre outros — para dialogar com a Secretaria de Cultura e Turismo.
Da parceria entre SCA e a secretaria, foi elaborado o guia “Descubra a Salvador Capital Afro”, que acaba de ser lançado. Nele, há sugestões de roteiros que saem do lugar-comum e mostram uma cidade protagonizada pelos próprios habitantes. Reconectando os turistas com a ancestralidade africana.
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No Guia, é possível fugir dos passeios tradicionais e conhecer, por exemplo, a praia do Tubarão, um local de águas calmas, que oferece a Mariscagem. No local, o visitante pode pescar o fruto-do-mar e acompanhar o preparo para degustar uma deliciosa moqueca, acompanhada de mamão verde.
Também, há a visita ao terreiro Vodun Kwe To Zo, uma aula de história sobre o candomblé da nação jeje. O local dispõe de hospedaria, imersões e um bistrô fundamentado em etnogastronomia afro-soteropolitna. Lá, o visitante, ao participar da experiência, tem a oportunidade de entender como funciona uma comunidade tradicional sustentável.
Com as Vivências de Fé na Terra Santa dos Alagados, pode-se complementar a experiência da religiosidade.
A Experiência Griô reconta a História do Brasil sob o olhar do povo preto e o engajamento nos diversos eventos políticos.
Já a Rota Afro Congo-Bahia une saberes, contato com a natureza e experiências sensoriais. O caminho começa na Pedra de Xangô, símbolo sagrado e tombado em 2017 como Patrimônio Cultural da cidade. Em seguida, os turistas podem visitar a sede do Afoxé Filhos do Congo, onde são recepcionados com roda de capoeira, vivência musical, de dança e percussiva, entre outras ações. A rota termina com a degustação da culinária local.
Também, o guia apresenta o Caminho de Ogun, que conta, através de uma caminhada pelas ruas do Centro Histórico, a real história de Salvador. No roteiro itinerante, há importantes atrativos turísticos, como o Memorial das Baianas, o Elevador Lacerda, o Largo do Pelourinho, a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, entre outros.
Para saber mais, acesse o site oficial do projeto.
EDIÇÃO DO DT (CF) com agências.