São Luís, a ilha do tambor de crioula

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As batidas nos tambores, a cantoria improvisada e o rodar das saias coloridas, agitam o corpo de qualquer um que esteja assistindo essa expressão de origem afro-brasileira em São Luís, no Maranhão.

por Patrícia de Campos (Com Edição)


As mulheres com suas longas saias de tecido estampado, dançam em roda, pagando promessa a São Benedito.

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Assim era feito e assim continua fazendo com a parelha, nome dado ao conjunto de três tambores de diferentes tamanhos (grande, meião e pererenga), que só podem ser tocados por homens, como também a toada, que geralmente são cantos de devoção aos santos ou coisas do cotidiano.

As mulheres, chamadas de coreiras – e só elas dançam – com saias rodadas e multicoloridas, no meio da roda fazem movimentos circulares soltos e convidam as outras que estão na roda para entrarem e participarem, com uma umbigada. Por muitas vezes, as coreiras, faziam movimentos sensuais em frente os tambores, que segundo dizem, era um rito a fertilidade.

A cachaça não pode faltar. É a “paga” ao cantor e aos tocantes, que não devem ficar de garrafa vazia até o término do festejo. Quem faz a distribuição da cachaça leva o nome de regente.

O Tambor de Crioula ficou proibido por muitos anos, se limitando apenas em povoados quilombolas. A partir da década de 70, passou a ser considerado manifestação cultural, tendo a liberdade de ser “tocado” em vários lugares.

Em 2007 o Tambor de Crioula passou a ser patrimônio cultural do Brasil, e em 2018 é inaugurado a Casa do Tambor Crioula, em São Luís

Nas noites de São Luís encontramos rodas de tambor pelo centro Histórico. Elas chamam os turistas para visitarem e observarem essa manifestação cultural. Não só observarem mas também participarem dessa roda de dança!

Em 2007 o Tambor de Crioula passou a ser patrimônio cultural do Brasil, e em 2018 é inaugurado a Casa do Tambor Crioula, em São Luís (Crédito: Maurício Alexandre – Secretaria Municipal de Turismo de São Luís)

Casa do Tambor de Crioula

O espaço tem peças que contam a história do Tambor de Crioula, com roupas usadas pelas coreiras, tambores e outras peças. É possível fazer visita guiada, para conhecer mais sobre essa manifestação cultural. No prédio há oficinas, auditórios, estúdios de gravação e espaço para apresentação.


Serviço:

Localização: Esquina da Rua João Vital com Rua Estrela

Visitação: 3ª a Sábado – 9h às 17h    Domingo – 9h às 13h

Entrada: Gratuita

 

 

 

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