Quando o assunto é ‘Suíça como destino’, Vanda Catão surge como uma especialista de mão cheia, ou melhor, de bagagem cheia. Apaixonada por turismo e atuante no segmento há mais de 30 anos, ela hoje é representante aqui no Brasil da cidade suíça de Lucerna e do Monte TITLIS, situado nos Alpes Uraneses. Além disso, é criadora de conteúdo para o canal @suicacentral, no qual transmite informações e dicas para brasileiros sobre o país montanhoso da Europa.
Bacharel em Turismo, Vanda começou sua carreira no trade especificamente em companhias aéreas, como na extinta Vasp, Lan Chile e Swiss Airlines. Após essas experiências, teve uma empolgante passagem pela indústria hoteleira.
Desde 2007, atua como representante de destinos turísticos e, segundo a profissional, o que a move é “interagir com pessoas e contribuir para orientar, capacitar e compartilhar experiências inesquecíveis das regiões (Lucerna e TITLIS) aos consultores de viagens para que eles possam encantar seus clientes”, pontua.
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Em entrevista exclusiva ao DIÁRIO, Vanda Catão ressaltou detalhes do turismo na Suíça, sobretudo para os viajantes brasileiros, bem como seus inúmeros atrativos, a infraestrutura, cultura e tradições do país.
Quais cidades no centro da Suíça merecem destaque? Quais pontos turísticos devem ser explorados?
Vanda Catão: Lucerna é uma das cidades mais centrais da Suíça e junto com Zurique, Berna, a capital, e Basel, forma o que chamamos de Suíça Alemã, já que faz fronteira e recebe muitas influências culturais, gastronômicas e comportamentais da Alemanha.
A arquitetura da cidade de Lucerna permeia entre o medieval e o moderno. O que você destacaria como imperdível para perceber essa nuance arquitetônica diferenciada?
VC: A Chapel Bridge, ponte de madeira mais antiga e conservada da Europa, considerada como cartão postal e referência da cidade; a Musegg Wall, muralhas medievais que ladeiam a cidade e onde é possível caminhar sobre elas e vislumbrar os diversos ângulos da cidade sempre com o lago translúcido ao fundo. E o imponente e moderno ícone da arquitetura de Jean Nouvel,o KKL, centro de cultura e lazer que celebra 25 anos nesse ano. Trata-se de uma edificação multifacetada que abriga restaurante, cafeteria, museu de arte, além da famosa e considerada uma das melhores acústicas da Europa, a sala de concerto do KKL.
Sabemos que a Suíça tem ótima infraestrutura para receber o turista, com bons hotéis e restaurantes. Qual a melhor época para visitar o país?
VC: Sim, o turismo é uma indústria pulsante e muito eficiente no país como um todo. A infraestrutura e a fantástica mobilidade urbana permitem viver experiências incríveis em curto espaço de tempo. Há hotéis de várias categorias e restaurantes premiados por guias reconhecidos internacionalmente, como Michelin e o contemporâneo Gaut Millaun.
Só em Lucerna são mais de 20 restaurantes premiados por este último citado. A época é o ano inteiro porque realmente é um destino no verão e outro no inverno, portanto diria que o interessante é ser visitado em períodos diferenciados.
Lucerna é a parte alemã da Suíça? Pensando em historia, cultura e tradição, qual a melhor parte da influência alemã na cidade?
VC: Sim. O idioma local é o Suíço Alemão. Uma derivação entre os dois, mas que só se faz claramente compreendido dentro da Suíça. A culinária rica em embutidos como salsicha de vitela e porco, a precisão e resiliência de seguir fielmente as regras estabelecidas para a convivência em sociedade, como respeitar as regras de trânsito e mobilidade.
A Suíça central é um destino que pode combinar com outros da Europa?
VC: Sim, totalmente, já que geograficamente fica no meio da Europa. A Suíça possui uma frota de trens reconhecida como de excelente qualidade e pontualidade. Além de possuir um dos melhores HUBs da Europa, que é o funcional e muito bem planejado aeroporto de Zurique. Ou seja, entrar na Europa pelo aeroporto de Zurique é uma experiência tranquila.
Como é a Suíça Central para o Turismo de esqui?
VC: Altamente viável, já que montanhas como o TITLIS, em Engelberg, oferece pistas para todos os níveis de esqui, além de outras atividades em contato com natureza, como o Snowshoeing, uma modalidade que vem crescendo entre os brasileiros que buscam atividades aeróbicas saudáveis em contato direto com a neve. Uma espécie de raquete de neve é colocada na sola do tênis para poder facilitar a caminhada na neve e com isso refrigera e fortalece músculos e órgãos do sistema respiratório, além de ter uma visão absolutamente linda do alto das montanhas. Esses equipamentos, assim como a Snowmobile, podem ser facilmente alugados por hora nas lojas na base da montanha.
Entrevista por Mary Ellen de Aquino / Edição por Clara Ribeiro