Fim da pandemia definirá vocações, verdadeiros profissionais e empresas mais eficientes?

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Tudo depende do ponto de vista!

por Patrícia de Campos*


Será que essa onda pandêmica que assolou o mundo e o nosso país vai trazer consequências ruins ou seus efeitos serão positivos? Acho que tudo depende do ponto de vista, como sempre!

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Falando sobre turismo… no Brasil estávamos vivendo um período avassalador no turismo, onde a qualidade estava a cada dia mais sendo substituída pelos baixos preços e pela baixa qualidade dos serviços. Muitos “curiosos” surgiram nos últimos anos embarcando na onda que começou a ganhar força anos atrás, onde se entendeu que esse era um segmento forte e rentável, criando uma crista que parecia sólida em que todos poderiam surfar.

Encontrávamos, até um mês atrás, guias que nunca foram guias, sem qualquer formação, informação ou mesmo educação, caminhando pelos centros com grupos de escolas ou estrangeiros, pisando na história que nunca tiveram sequer a curiosidade de conhecer. Ficou fácil colocar debaixo do braço um desses impressos produzidos pelas secretarias de turismo e que conduziam seus clientes, que pagaram barato, para ir nesse ou noutro lugar, que certamente poderiam ir sozinhos.

No Brasil desse passado nada remoto, vimos o número de pousadas e hotéis se proliferarem nos mais ermos locais, sem qualquer estrutura básica, mas que fazem parte da cadeia de hospedagem que se tornou um ótimo negócio.

Negócio, apenas bom negócio, foi isso que o turismo se tornou. A vocação de receber bem quase não existe mais. A gentileza foi substituída pelo lucro.

Vimos pipocar na internet agências de turismo virtuais, que promovem excursões onde lotam ônibus velhos, e conduzem clientes que se abastecem durante o trajeto de bebidas levadas em seus coolers destruindo destinos como Capitólio, Cabo Frio e tantos outros.

Encontramos agentes de viagem que não conseguem diferenciar a região norte da região nordeste do nosso país, totalmente incapacitados em fazer um roteiro personalizado.

Turismo, a grande oportunidade! E com esse pensamento empresas se transformaram em “packmans”, num jogo de come come, como nos antigos vídeo games.

Como disse, tudo é ponto de vista, e por isso acredito que estamos vivendo a “grande peneira”, onde a solidez será representada pela vocação ao negócio e não ao bom negócio que o trade representa, e com isso quem ganhará serão os clientes reciclados por esse tempo de transformação, que passarão a não mais postar no facebook suas viagens, mas entenderão o grande prazer que é fazer uma viagem.


PATRÍCIA DE CAMPOS – TURISMO DE NATUREZA

*Patricia é formada em Comunicação Social (Rádio e TV) pela FAAP, com pós graduação em Marketing pela ESPM. Neta do imortal escritor parnasiano Humberto de Campos, Patrícia é diretora da Gentileza R.P., empresa de representação de hotéis e destinos diferenciados do Brasil.

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