Papeete – Polinésia Francesa – Imagina sair do Brasil rumo à Polinésia Francesa? Agora, como não é um dos destinos mais comuns, imagine ir sem um roteiro, sem saber o hotel que vai se hospedar, sem saber quem vai buscar você no aeroporto? Imagine, ainda, que seu voo chegará por volta de meia noite!
É assim que embarco de São Paulo rumo a um dos destinos mais lindos e cobiçados do mundo. Depois de longas 12 horas até Los Angeles, uma espera de cerca de sete horas, e mais oito horas de voo com a Air Tahiti Nui, companhia aérea que não conhecia, sou recebida com música, sorrisos e “ia oraná!” Pronuncia-se “iáôraná” e é o cumprimento tradicional polinésio.
Nem me entendo direito e já estou com o passaporte carimbado rumo ao meu hotel que só durante o trajeto descubro qual é: chego ao Tahiti Pearl Beach Resort.
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Em menos de vinte minutos do aeroporto estou na minha suíte de frente para o mar. Flores, decoração polinésia e a saudação “Ia Orana” desenhada com artesanato na cama! Adoro os primeiros sinais da gentileza e hospitalidade dos polinésios.
Fecho os olhos ouvindo o barulho das ondas. Acordo com o sol e tomo um choque ao olhar pela janela. Onde está aquela praia de areia branca fininha e mar azul turquesa todos falam e mostram?
As ondas, de um mar azul escuro profundo, batem com força na praia de areia fina e preta. Ao lado desenha-se uma encosta com natureza exuberante. Definitivamente não é a paisagem que imaginava encontrar por aqui. Ainda mais no primeiro dia. Mas devo revelar que o Tahiti e suas ilhas (no total são 118 ilhas) são o destino mais surpreendente que já visitei. Garanto: tem muito mais do que praias paradisíacas e bangalôs sobre as águas transparentes.
Tento me localizar no mapa. Estou na Baía de Matavai que é conhecida por suas areias negras, resultado da erosão das encostas vulcânicas. Foi nesta baía segura que, no século XVIII, aportaram os navios dos exploradores ingleses Samuel Wallis e James Cook, e do francês Louis-Antoine de Bougainville.
A praia Lafayette é considerada uma das belas de areia negra da costa leste da ilha Tahiti. Vale lembrar que o Tahiti é uma ilha vulcânica assim como várias ilhas e ilhotas desta região do mundo. Esta grande praia de areia preta, localizada no sopé da falésia da Tahara’a de Arue, é muito frequentada pelos moradores, especialmente aos finais de semana. Não recomendo deixar as crianças nadarem pois as ondas são muito fortes.
E é neste pequeno pedaço de terra privilegiado que está o hotel, ocupando o antigo prédio onde ficava o Radisson Plaza. São 91 quartos e suítes distribuídos em quatro edifícios de cinco andares entre flores e plantas. Com uma deliciosa varanda com vista para o mar, minha suíte tem área de estar, banheiro interligado à sala e ao quarto e bastante espaço. A arte polinésia está por toda a parte desde o painel na sala, aos detalhes da decoração e amenities com óleos essenciais da flor de Tiaré, típica daqui.
Os jardins diante da praia são um permanente convite ao “dolce far niente”.
O café da manhã é servido diante desta paisagem única na ilha. Confesso que fiquei horas, ainda sob o efeito do jet leg, perdida entre escolher frutas frescas e opções que agradam paladares ocidentais e orientais. De repente, o sol e o céu azul dão lugar a uma chuva torrencial que dura apenas dez minutos. Mas em questão de minutos o sol volta. É hora de descansar na piscina com borda infinita. Afinal de contas, tenho um roteiro enorme pela frente com o lançamento oficial da campanha global do Escritório de Turismo do Tahiti – “Two Stories/OneMana” – Embraced by Mana”.
O hotel tem diversas atividades incluídas na diária, como hidroginástica, acesso ao spa, aulas de yoga e shows de música e dança polinésia. Se estiver cansado ou não quiser provar a comida local, o restaurante tem opções gastronômicas internacionais. À noite, minha dica é curtir o barulho do mar no Bay Bar. É uma boa pedida para um drinque, um petisco ou um jantar.
Mas se preferir, o centro de Papeete fica a apenas sete quilômetros de distância. O Tahiti Pearl Beach Resort é uma boa opção na chegada especialmente se for voar para outras ilhas logo no dia seguinte.
Ele tem um serviço de translado gratuito de ônibus para a cidade seis dias por semana. Faça reserva na recepção. Os horários por aqui são relativamente flexíveis.
Neste primeiro dia, confesso que nem saio do hotel. É bom também seguir todas as dicas para minimizar os efeitos do jet leg. Assim, no segundo dia estou em forma para aproveitar o que há de melhor na Polinésia Francesa. É só se deixar levar pelo barulho das ondas diante daquela paisagem e começar a se sentir “Embraced by Mana”, ou melhor, abraçado pela força de vida e espírito que nos rodeia. Nas ilhas do Tahiti você vê, toca, experimenta e se sente abraçado pelo Mana. Quando você for entenderá!…
*Jornalista se hospedou a convite do Escritório de Turismo do Tahiti representado no Brasil pela Atout France.
Dicas da Dri
- Reserve um quarto ou suíte com vista para o mar
- Prove o prato típico local feito com peixe cru e leite de coco.
- Não se preocupe se chover. O sol sempre volta logo.
Serviço
Tahiti Pearl Beach Resort
- Endereço: Lafayette Beach – Pk7, Arue, 98701 Papeete, Polinésia Francesa
- Informações: www.tahitipearlbeach.pf/fr