(Da redação com agências internacionais) A greve de pilotos da companhia aérea portuguesa TAP completa nesta segunda-feira (04) seu quarto dia e por enquanto seu impacto é similar ao dos dias prévios, com menos de 30% dos voos cancelados.
Os números são similares aos apresentados pela empresa estatal (em processo de privatização) nos três primeiros dias de mobilização, com o número de cancelamentos oscilando entre 25% e 30%.
A incidência da greve de pilotos afetou de forma mais acentuada o aeroporto do Porto – devido em parte que a maioria de conexões fixadas pelos serviços mínimos partiam de Lisboa -, onde voltaram a ocorrer longas filas diante dos guichês da companhia aérea de passageiros que buscavam informação para saber quando poderão voar.
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A adesão dos pilotos é maior no caso daqueles que trabalham para sua filial Portugalia. O sindicato que convocou a greve – que se prolongará até 10 de maio – emitiu um comunicado no qual censurou os gerentes da companhia e o governo por atribuir os problemas financeiros da TAP a interrupções como essa.
A companhia aérea, líder em passageiros transportados entre Portugal e Espanha e entre Europa e Brasil, voa a 88 destinos na África, Europa e América, conta com um quadro de funcionários de mais de 5 mil pessoas e uma frota de 77 aviões. Durante os dez dias de greve, calcula-se que teriam que ser operados 3 mil voos com cerca de 300 mil passageiros a bordo, dos quais apenas 10% – uns 300 – estão garantidos pelos serviços mínimos.
Os pilotos justificam esta paralisação pelo descumprimento do acordo alcançado em dezembro com o governo e a administração de TAP para desconvocar uma greve em pleno natal, e exigem do Executivo a recuperação de complementos salariais congelados desde 2011.