Taxa de câmbio do dólar seguirá instável, afirma economista

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(Edição do DT com agências)

Após um ano de altas expressivas do dólar e muita movimentação política, 2016 não será diferente. Muitas questões de 2015 ainda estão no centro das discussões, como o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o ajuste fiscal, desemprego e inflação, entre outras, e influenciam diretamente no câmbio do dólar americano. “O ajuste fiscal proposto pelo governo deve ser observado para sabermos como os mercados reagirão com as propostas de adiar reajuste de servidores e inclusão de novos tributos e a tendência é que tragam menor arrocho na economia”, explica o economista Leandro Gomes, diretor geral da corretora de câmbio Graco Exchange. Em se tratando da moeda americana, as decisões nos EUA também têm grande influência, ressalta o executivo. “O consumo menor, o desemprego e, principalmente, aumento da taxa de juros nos EUA, levarão os investidores a enviar maior volume de recursos para aplicar lá, enxugando a quantidade de dólares e encarecendo a taxação por aqui”, acrescenta.

Outras medidas com interferência do governo também têm impacto na variação do câmbio. Por exemplo, quando o Banco Central (BC) anuncia que vai alterar a taxa Selic, os mercados entendem que o governo está se preocupando com a cotação da moeda americana. “Quando o BC sobe a taxa está querendo que os investidores estrangeiros continuem a aplicar no Brasil e que tenha um menor volume de saída de capital especulativo e isso resulta nas oscilações que temos presenciado nos últimos meses”, afirma.

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Gomes acrescenta que o rebaixamento das notas de investimento no Brasil, como o ocorrido em dezembro em que a agência de riscos Fitch Ratings retirou o selo de bom pagador do país, também deve influenciar na oscilação da moeda americana. “Quando o país perde grau de investimentos, há um forte movimento de cautela dos investidores estrangeiros e as taxas cambiais tendem a disparar de forma marcante”, destaca. “O momento é de muita atenção ao comportamento do mercado para aproveitar as taxas mais baixas do dólar quando elas vierem, o que deve ocorrer quando a situação política ficar melhor definida e quando as reformas fiscais e previdenciárias – que constantemente são anunciadas e não saem do papel – forem finalmente anunciadas”, complementa.

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