Da REDAÇÃO –
Em meio aos atentados que ocorreram na última semana, em uma avenidade Barcelona, na Espanha, outro assunto virou pauta no país além do terrorismo, a ‘turismofobia’. O turismo, que movimenta a economia espanhola, começou a assustar e a incapacidade de lidar com o próprio sucesso tornou-se evidente. Ele (o turismo) ficou grande demais e até mesmo o Instituto Nacional de Estatística (INE) alertou o país.
Anos atrás, o ‘teto’ para a prática não havia se estabelecido, mas no contexto atual de medo dos ataques terroristas, o termo ‘turismofobia’ ganho força no cenário espanhol, tanto entre moradores quanto autoridades. O sentimento antiturismo cresceu e inflamou-se ainda mais nos últimos meses, antes até do ataque terrorista em Barcelona, o qual deixou 14 mortos e mais de 130 feridos. A inflação na compra e aluguel de imóveis e a disputa entre Airbnb e prefeitura, fato em que 5 mil anúncios de apartamentos não têm licença turística, aumentaram a revolta do povo catalão.
Números
Só até junho deste ano, a Espanha recebeu 36,3 milhões de turistas, cerca de 11% mais que o mesmo período do ano passado. A Catalunha responde sozinha por mais de 23% do total, e recebeu 8,6 milhões de viajantes.
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As ramblas, por exemplo, são consideradas como espaço “sequestrado” pelo turismo, o que incomoda muito o cidadão barcelonêse. Antes calçadão utilizado para um passeio em família no domingo, hoje o local se transformou num ponto turístico indispensável no itinerário de 80% dos turistas que visitam Barcelona, segundo a prefeitura.
Hoje, no clima tenso em razão da atrocidade, Barcelona se divide entre protestos contra os turistas e homenagens aos mortos no atentado terrorista. De certa maneira a guerra continua, e independente ao luto das famílias inocentes.
