O tráfego global de passageiros mostrou aceleração em fevereiro, com avanço de 6,2% frente ao mesmo mês do ano passado, um crescimento superior ao registrado em janeiro, quando o avanço foi de 4,5%, na comparação anual.
As informações são da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), que aponta que o resultado mensal foi influenciado positivamente pelo feriado do Ano Novo Lunar, que ocorreu em fevereiro deste ano, um mês depois do observado em 2014.
A capacidade das companhias aéreas, medida em assento quilômetro oferecido (ASK), aumentou 5,6%, o que levou a um incremento de 0,5 ponto porcentual na taxa de ocupação, para 78,5%.
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“As celebrações do Ano Novo Lunar, particularmente na região Ásia-Pacífico, certamente contribuíram para o desempenho robusto de fevereiro, mas está claro também que a demanda sólida por conectividade está contrabalançando a fraqueza econômica em algumas regiões, incluindo a Eurozona”, disse o diretor geral da Iata, Tony Tyler.
A maior expansão foi na demanda por voos internacionais, que cresceu 6,8% frente a fevereiro do ano passado, com companhias de todas as regiões, exceto a África, reportando crescimento. Já a capacidade expandiu-se 5,7%, levando a um aumento de 0,7 ponto porcentual na taxa de ocupação, para 77,4%.
A Iata destacou que as empresas latino-americanas apresentaram a mais alta taxa de ocupação no segmento, de 79,7%, um aumento de 0,7 ponto porcentual, resultado do crescimento de 7,4% na demanda e de 6,5% na oferta.
“O crescimento na economia brasileira está estagnado, mas os volumes de comércio regional continuam a melhorar”, avaliou a entidade.
A demanda doméstica das companhias aéreas, por sua vez, cresceu 5,3% em fevereiro, com destaque para o Brasil, onde a expansão foi de 9,2%, desempenho inferior apenas à Índia (+14,8%) e superior ao da China (8,4%).
A entidade explicou que o forte crescimento na busca por voos dentro do País pode ser atribuído, em parte, ao feriado do carnaval. A capacidade doméstica global também aumentou 5,3%. Com isso, a taxa de ocupação deste segmento se manteve estável em 80,4%. (Estadão Conteúdo)